Soja: Com chuvas, produtores de Jataí (GO) dão continuidade ao plantio
Com o retorno das chuvas, os produtores rurais de Jataí (GO) dão continuidade ao plantio da soja. Apesar da retomada dos trabalhos nos campos, a semeadura do grão ainda apresenta uma atraso entre 10 a 15 dias na região. No mesmo período do ano passado, os agricultores já tinham finalizado o cultivo do grão, já nesta safra, em torno de 50% a 60% da área projetada foi cultivada.
Além disso, o produtor rural do município, Mozart Carvalho de Assis, destaca que a situação também deve afetar a janela ideal de plantio do milho safrinha. "A semeadura da safrinha se estende até o dia 15 de fevereiro e esse ano isso não irá acontecer. O produtor terá que atrasar o plantio, ou até mesmo, diminuir a área de cultivo do cereal", explica o agricultor.
Outra preocupação é em relação à área que cultivada no início do mês. Com a estiagem registrada nos últimos dias, a soja não se desenvolveu da maneira adequada e apresenta problemas de stand também. Com isso, em algumas localidades será necessário o replantio das lavouras.
Por enquanto, as previsões climáticas indicam a continuidade das precipitações na localidade nos próximos dias. "A expectativa é que até o dia 5 de novembro, o plantio da soja esteja finalizado em Jataí", diz Assis.
Comercialização
Diante das recentes valorizações na Bolsa de Chicago e no dólar, os preços praticados na localidade também registraram altas. As cotações futuras subiram de R$ 43,00 para R$ 50,00, o que fez com que alguns produtores voltassem a negociar o produto. "Acreditamos que estamos no limite para cobrir os custos de produção, nós teremos que ter uma boa safra para cobrir os custos", ressalta o produtor.
No caso do milho, os preços também subiram de R$ 15,00 para R$ 19,00. "Houve uma valorização devido às preocupações em relação à safrinha. Porém, apesar dos ganhos, boa parte dos agricultores vendeu o produto com preços mais baixos para cumprir os compromissos. Mas nesse valor desperta o interesse vendedor dos produtores. Na nossa região, a demanda para o produto permanece aquecida", finaliza Assis.