Milho: Com expectativa de menor oferta, preços sobem na BM&F e março/15 chega a R$ 31,45
Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho na BM&F Bovespa opera em campo positivo. Na sessão desta terça-feira (11), por volta das 12h58 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam valorizações entre 2,78% e 3,11%. O contrato março/15 era cotado a R$ 31,45 a saca e, apenas o vencimento novembro/14 registrava leve queda de 0,11%, negociado a R$ 27,52 a saca.
A atenção do mercado ainda está voltada para as especulações em relação à safra brasileira. Segundo relatório de acompanhamento de safras, atualizado nesta terça-feira pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), na safra 2014/15, os produtores brasileiros deverão colher em torno de 77 a 78 milhões de toneladas, entre primeira e segunda safra.
No total, da safra 2013/14, a produção brasileira do cereal ficou em 79.905,5 milhões de toneladas, conforme dados da companhia. Para a safra de verão, a entidade estima uma redução na área plantada entre 8,7% e 4,3%, o que representa uma área de 6,04 a 6,33 milhões de hectares, em relação à mesma área cultivada na temporada anterior.
Apesar da projeção, consultorias apostam que a safra brasileira possa ficar abaixo do projetado, entre 68 a 69 milhões de toneladas. Cenário decorrente, especialmente da redução na área semeada na primeira safra, mas também das incertezas em relação à segunda safra.
Frente ao atraso da semeadura da soja, os produtores de algumas localidades já sinalizam que estão repensando os investimentos para a próxima safrinha. Na região de Balsas (MA), a perspectiva é que haja uma redução de 50% na área destinada ao milho na próxima safrinha. Em Sinop (MT), importante região produtora do estado, a expectativa inicial é que os produtores reduzam em até 30% a área semeada com o grão na safrinha.
Bolsa de Chicago
Em contrapartida, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo negativo. Por volta das 13h40 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 2,00 e 2,50 pontos. O vencimento dezembro/14 era negociado a US$ 3,67 por bushel.
Segundo informações de agências internacionais, o mercado é pressionado pelo avanço da colheita do milho nos EUA. Nesta segunda-feira, após o fechamento da sessão, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que a área colhida subiu de 65% para 82% de uma semana para outra. A média dos últimos cinco anos para o período é de 80%.
Paralelo a esse cenário, os preços do milho ainda absorvem as informações do novo relatório de oferta e demanda do departamento norte-americano. O relatório foi divulgado nesta segunda-feira e, ao contrário, do que os investidores acreditavam, o departamento reduziu as projeções para a safra de milho dos EUA e a produtividade das lavouras.
Nesta safra, a perspectiva é que os produtores norte-americanos colham 365,97 milhões de toneladas do cereal. A projeção está abaixo da estimativa feita em outubro, de 367,69 milhões de toneladas e, também das apostas dos participantes do mercado, de mais de 369 milhões de toneladas. O rendimento das plantações também foi revisto e recuou de 184,37 sacas por hectare, para 183,52 sacas por hectare.
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