Cafeicultores reivindicam do governo regulamentação do setor
Ainda neste mês de abril produtores e lideranças da cafeicultura nacional estarão reunidos para entregar a autoridades políticas do agronegócio brasileiro um ofício reivindicando melhorias para o setor, durante o I Fórum de Desenvolvimento da Cafeicultura, que acontece no dia 22, em Muzambinho, Minas Gerais.
A regulamentação do setor está entre as principais reivindicações contidas no documento. “No dia 25 de fevereiro de 2013, o então ministro da agricultura Mendes Ribeiro Filho revogou a IN16 (24/05/2010) por completo, atendendo pleito da Associação Brasileira da Indústria de Café para eliminar a subjetividade da análise sensorial estabelecida como parâmetro da norma, além de apontar a não necessidade de envio de laudos anuais de análise de microscopia e umidade para o Mapa. A Abic propôs em contrapartida a constituição de um grupo de trabalho para discutir o assunto e, também, a autorregulamentação, no entanto até o momento nada disso aconteceu. Com exceção da instrução normativa número oito – que também não é cumprida na íntegra – o mercado interno encontra-se totalmente desregulamentado”, aponta Fernando Barbosa, um dos organizadores do Fórum.
Barbosa ainda declara que enquanto o mercado internacional sinaliza a valorização do aspecto qualitativo e o respeito ao meio ambiente na produção de qualquer produto, o café brasileiro vai à contra mão. “O brasileiro também merece tomar os cafés que os americanos, europeus e japoneses bebem”, diz.
Outro ponto questionado pelos cafeicultores é o marketing do café, que não acompanhou a mudança de comportamento do consumidor e, também, as transformações do mercado de alimentos. “É necessário investimentos em qualidade, em comunicação. Os consumidores que já estavam exigentes em relação à nutrição, sabor e saúde, estão também ficando exigentes quanto à qualidade dos alimentos que estão adquirindo. Assim, a produção de alimentos, com garantia de qualidade e origem, certamente proporcionará melhores preços a seus produtores, criando condições de competitividade para os pequenos negócios, valorizando o trabalho da agricultura familiar e assegurando a permanência do produtor rural no campo”, explica Barbosa.
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