Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 4ª feira e fecha abaixo de US$ 1,30/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tem oscilado bastante nesta semana. Na segunda-feira (15), os futuros despencaram cerca de 400 pontos no terminal norte-americano com foco no clima e câmbio, ontem o mercado apresentou recuperação de parte das perdas. Entretanto, nesta quarta-feira (17), as cotações voltaram a operar no campo negativo e fecharam com baixa de quase 3%.
O vencimento julho/15 encerrou o pregão cotado a 126,65 cents/lb com 270 pontos de recuo, o setembro/15 registrou 129,40 cents/lb com baixa de 260 pontos. O contrato dezembro/15 anotou 133,10 cents/lb e o março/16 fechou o dia com 139,00 cents/lb, ambos com desvalorização de 255 pontos.
Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os patamares na Bolsa de Nova York não encontram reciprocidade em nenhuma origem produtora já que a realidade vivida nestes países são completamente diferentes dos discursos e análises dos especuladores baixistas.
"As cotações continuam a não encontrar sustentação no imediato já que apenas fatores especulativos têm sido responsáveis pelas presentes oscilações", afirma o analista.
No pregão de ontem (16), Magalhães antecipou que a valorização na bolsa era técnica e não representava reversão. "Estes ajustes especulativos não podem ser caracterizados ainda, por uma reversão de tendência, mas sim, por arranjos ante as recentes volatilidades", explicou.
A colheita avança nas regiões produtoras do Brasil, mas o ritmo ainda é lento se comparar com o ano anterior. Segundo estimativa da Safras & Mercado, divulgada na semana passada, a colheita de café da safra brasileira 2015/16 chegou a 28% até dia 9 de junho e está atrasada em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2014/15, 32% da safra neste período já estava colhida. Ainda assim, ela está avançada contra a média dos últimos 5 anos, que para este período marca 26%.
As previsões climáticas mais recentes da Somar Meteorologia apontam tempo instável com potencial para chuva no Sul, Sudeste e Centro-Oeste nos próximos dias devido a uma sucessão de frentes frias. Até 21 de junho, chove no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, sendo mais intensa neste último Estado. Entre uma frente fria e outra, a temperatura entra em declínio, mas sem potencial para geada nas áreas produtoras.
Mercado interno
No Brasil, a colheita avança. Mas nas praças de comercialização, segundo Marcus Magalhães, ainda há poucos negócios, preços ruins, custos elevados, clima imprevisível e produções aquém das expectativas.
O tipo cereja descascado tem maior valor de negociação na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP com saca cotada a R$ 490,00 - estável. A variação mais expressiva no dia foi registrada na cidade de Guaxupé-MG com baixa de 2,63% e R$ 482,00 a saca.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 482,00 a saca e baixa de 2,63%. Foi a maior oscilação no dia.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Araguarí-MG com R$ 450,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Guaxupé-MG onde a saca caiu 2,95%, para R$ 428,00.
Na terça-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou recuo de 1,53% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 423,90.
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