Demanda por trigo registra ligeira melhora com receio de novas altas do dólar e necessidade de recomposição de estoques.
Nos últimos dias houve um ligeiro aumento na demanda por trigo por conta da necessidade das indústrias recompondo em seus estoques. Além disso, já atentos a forte valorização do dólar, que pode elevar os preços internos e encarecer o trigo importado, as indústrias aumentaram suas compras.
Segundo Marcelo De Baco, da De Baco Corretora de Mercadorias, o risco cambial foi um dos fatores que mais pesou na balança das indústrias e "devorou a rentabilidade dos moinhos".
Com a melhora da demanda os preços pagos ao produtor tiveram um incremento de até R$ 100 por tonelada em várias classes do trigo, no último mês.
Produção
As variações climáticas que estão ocorrendo nas principais regiões produtoras do país têm preocupado os produtores. Enquanto na primeira metade de julho eram as chuvas que preocupavam os triticultores agora são as temperaturas relativamente altas para o período que geram incertezas.
"O tempo de chuva foi muito grande para a cultura do trigo, dificultando a entrada para aplicação de nitrogênio e até os defensivos, pois o calor também favorece a aparecimento de pragas, mas dizer que teremos problemas com o grão ainda é muito prematuro", afirma De Baco.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a estimativa de produção segundo o corretor é de 3 milhões de toneladas, com um moagem estimada em 1,8 milhão. Dessa forma é preciso encontrar alternativas de liquidez como cabotagem ou exportações, pois "só o Brasil e o Paraguai tem trigo de agosto a dezembro para embarcar em algum porto", considera.
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