Preços da mandioca reagem com recuo da oferta e volta da demanda por fecularias e farinheiras
A retração da oferta na última semana impulsionou as cotações da mandioca em todo o país, exibindo recuperação após longo período de pressão sobre os preços.
O principal motivo para a diminuição na disponibilidade da raiz no mercado interno foi às chuvas intensas dos últimos dias nas principais regiões produtoras. Além disso, o pesquisador do Cepea, Fábio Isaias Felipe, explica que enquanto parte dos produtores postergou a colheita por conta do mal tempo, outros priorizaram as atividades relacionadas ao plantio.
Assim, na semana os preços subiram 2,2% chegando a R$ 291,34 a média de preço para comercialização da tonelada da mandioca posta fecularia.
A demanda também começou a mostrar melhora, "há expectativa de incremento nas vendas no segundo semestre, como tradicionalmente ocorre, e o amido de milho - que é o principal concorrente da fécula - está com preços bastante elevados", destaca Felipe.
De acordo com o pesquisador a tonelada do amido está em R$ 1.800,00 enquanto que há um ano a cotação era de R$ 1.000,00/t.
A melhora na participação de compradores nordestinos também elevou os preços da farinha. "É um movimento de reposição de estoques no atacado da região e também a disponibilidade de mandioca no nordeste é limitada mantendo a dependência do mercado do centro-sul", explica Felipe.
Dessa forma o pesquisador afirma que há possibilidade de novas altas em ambos os mercados até setembro. Porém, apesar do cenário altista a área plantada na próxima safra não deverá ter um aumento muito expressivo visto o alto custo de produção.
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