Mosca-do-estábulo causa prejuízo para pecuaristas no noroeste de SP
A mosca-do-estábulo traz prejuízos para os criadores de gado do noroeste paulista. O inseto ataca os animais que, sem ter como se proteger, comem menos que o necessário e acabam perdendo peso.
Os animais ficam irritados, inquietos com a quantidade de moscas em cima deles. O criador Leandro Braido não sabe mais o que fazer para acabar com o sofrimento do gado. Na fazenda dele, que fica na cidade de Planalto, noroeste de São Paulo, ele perdeu 4 bezerros em apenas um mês. "As fêmas parem e não conseguem amamentar as suas crias, em função de tantas moscas em cima delas, picando", lamenta.
Também conhecida como mosca-do-bagaço, a mosca-do-estábulo se alimenta de sangue. O que a diferencia da mosca doméstica é que ela pica - e a picada dói e causa feridas. Para tentar se proteger das picadas, os animais costumam ficar o tempo todo aglomerados. Eles não se movimentam no pasto e aí, acabam também não se alimentando direito.
Com isso os animais perdem peso. É o que acontece também na propriedade do criador José Aparecido da Silva, que tem 210 cabeças de gado de corte: "Veio em torno de 180 Kg pra cá e hoje não pesa 150 Kg, em quatro meses".
A mosca-do-estábulo sempre existiu no local, mas nos últimos tempos, a quantidade aumentou demais. A região é cercada de cana de açúcar e tem duas usinas que, segundo os criadores, vem despejando muita vinhaça no solo nos últimos anos. O produto fica empoçado no solo. A vinhaça é o resíduo gerado no processo de fabricação de etanol. E é usada como adubo.
Segundo o veterinário Francisco Junior de Souza, é preciso que as usinas cuidem melhor da vinhaça dispensada: "Tá dando condições para o desequilibrio dessa mosca na nossa região e se tornando uma praga". Os criadores se uniram e protocolaram na Cetesb, o órgão ambiental do estado de SP, um documento pedindo providências urgentes.
Leia a notícia na íntegra no site G1 - Globo Rural.
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