Café: Repercutindo financeiro, Bolsa de Nova York cai 400 pts nesta tarde de 4ª e perde patamar de US$ 1,45/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 400 pontos nesta tarde de quarta-feira (6). O mercado volta a repercutir o mau humor dos mercados globais, mas também sente a pressão do câmbio, que impacta diretamente as exportações da commodity. Com essa nova queda – segunda consecutiva –, os preços externos estão mais distantes do patamar de US$ 1,45 por libra-peso.
Por volta das 12h10, o vencimento setembro/16 anotava 141,75 cents/lb com 380 pontos de baixa, o dezembro/16 registrava 144,70 cents/lb com 370 pontos de desvalorização. Já o contrato março/17 estava cotado a 147,15 cents/lb com 385 pontos negativos e o maio/17 estava cotado a 148,80 cents/lb com 360 pontos negativos.
Os riscos econômicos do Brexit – apelido dado à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia – voltaram com força aos mercados globais nesta semana, após o Banco da Inglaterra tomar medidas ontem (5) para movimentar a economia britânica. Com a maior aversão ao risco, os fundos acabam liquidando suas posições, o que ajuda a pressionar ainda mais os preços das commodities.
Às 10h59, o dólar comercial subia 0,53%, cotado a R$ 3,3184 na venda acompanhando os mercados externos e as volta das intervenções do Banco Central. A moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real dá maior competitividade às exportações da commodity e os preços externos tendem a cair.
Um exemplo de que o câmbio impacta diretamente as exportações é que em junho (22 dias úteis), os embarques do grão atingiram 2,06 milhões de sacas, com receita de US$ 303,3 milhões. No mesmo período, o dólar comercial recuou em junho mais de 10%. Esses números, em volume embarcado pelo país e receita, são menores que os registrados no mesmo período do ano passado e em maio desse ano.
Nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café seguem baixos. O produtor está mais atento à colheita da safra 2016/17 e aguarda melhores patamares. Segundo analistas, os cafés finos são os que registram maior procura neste momento. Na terça-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 500,88 com baixa de 0,23%.
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