Dólar reduz queda e volta acima de R$ 3,25 com recuo dos preços do petróleo

Por Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar reduziu a perda e voltava acima de 3,25 reais nesta terça-feira, com a queda dos preços do petróleo tirando força do bom humor que permeou os negócios mais cedo em um dia de reações mistas nos mercados globais.
Às 15:22, o dólar recuava 0,21 por cento, a 3,2652 reais na venda, após chegar a 3,2385 reais na mínima do dia. O dólar futuro passou a operar perto do zero a zero.
"O mercado começou o dia animado, mas o otimismo perdeu um pouco de força depois que o petróleo passou a cair", disse o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Preocupações com o excesso de oferta global de petróleo voltaram a derrubar as cotações da commodity nesta terça-feira após um início positivo no dia.
A alta dos preços do petróleo vista pela manhã espelhou avanços nos preços de outras commodities relevantes para a América Latina, como o minério de ferro e o cobre, que alimentaram a demanda por moedas da região.
A apreensão com os movimentos das commodities era em alguma medida compensada pela percepção de que os juros norte-americanos não devem voltar a subir tão cedo, após a alta de apenas 0,1 por cento do índice de preços PCE nos Estados Unidos em junho.
Os mercados também repercutiam o anúncio de 132 bilhões de dólares em medidas fiscais no Japão, que decepcionou alguns investidores que esperavam ações mais contundentes, mas levou o dólar a perder terreno em relação ao iene.
"O resumo geral é que o cenário externo hoje é misto e há motivos para comprar e vender moedas", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
No cenário local, investidores continuavam monitorando os passos do ajuste fiscal. Alguns demonstravam decepção após o governo aceitar alterar o projeto de renegociação da dívida dos Estados para garantir sua aprovação no Congresso Nacional, cuja votação está prevista para esta sessão.
Nesta manhã, o Banco Central novamente vendeu 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, repetindo a atuação que vem realizando quase diariamente desde o mês passado.
(Por Bruno Federowski)
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