Mercado em Chicago reage e soja volta para os US$ 1o,oo/bushel, mas em reais, queda do dólar anula movimento positivo
Nesta segunda-feira (24), a Bolsa de Chicago (CBOT) tem um dia de alta para os vencimentos de soja, com o vencimento maio/2017, referência para a safra brasileira, chegando aos patamares de US$10,17 o bushel.
De acordo com Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, a previsão é de que o Relatório de Acompanhamento de Colheita do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) traga uma estimativa de 77% de área colhida para a soja e de 60% para o milho, estimativas que estão abaixo do mesmo período do ano passado, quando os números eram de 87% e 77%, respectivamente. Segundo ele, estes números dão a entender um trabalho de campo mais lento e, consequentemente, trazem um "combustível" para a alta, uma vez que as chuvas em algumas partes do cinturão de grãos americano podem atrapalhar a colheita e reduzir a qualidade dos grãos.
Por outro lado, a demanda também é um fator sustentador de preços. O estado produtor de Iowa realizou um acordo para vender mais de 5 milhões de toneladas para a China, o que indica uma maior procura pelo grão. O óleo de palma, por sua vez, subiu 3,6%, o que também impulsionou os preços do óleo de soja em 2,2%. "A composição dos mercados de produto acabado, o clima e a colheita atrasada são julgados como fator positivo", destaca.
Neste momento, o bom momento de compra por parte dos mercados importadores está nos Estados Unidos, tendo em vista que, com o real mais valorizado, o mercado brasileiro fica menos competitivo. Há queda diária dos prêmios e a queda do dólar posterga novas vendas ou tira a competitividade vista em momentos passados. "A safra brasileira ainda está mais barata do que a americana, mas talvez, por questões de logística, ficaria mais barato comprar do hemisfério norte", avalia.
Ao mesmo tempo, um melhor clima tende a deixar o mercado brasileiro mais competitivo, uma vez que os rendimentos seriam maiores. A comercialização da soja antecipada ainda segue em ritmo lento, no entanto, com 45% comercializada no Mato Grosso e 30% a nível nacional.
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