Soja tem sessão de volatilidade na Bolsa de Chicago e tenta se manter próxima de US$ 10 por bushel
A sessão desta terça-feira (25) é de volatilidade aos preços futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) Por volta das 12h29 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 1,50 e 3,25 pontos. Porém, grande parte dos vencimentos se mantinha acima do nível de US$ 10,00 por bushel. O março/17 era cotado a US$ 10,07 por bushel. Apenas do novembro/16 operava a US$ 9,98 por bushel.
As cotações da oleaginosa até testaram uma reação após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciar a venda de 516 mil toneladas de soja para a China, porém, a os ganhos não foram sustentados. Com isso, os preços retomaram o movimento de realização de lucros, depois dos recentes valorizações.
O mercado passa por ajuste técnico após encerrar o dia anterior com altas de mais de 10 pontos. "Temos o estado de Iowa, nos Estados Unidos, que realizou um acordo com a China para a venda de 5 milhões de toneladas. O óleo de palma subiu mais de 3,6% na Malásia, impulsionando o óleo de soja, que registrou ganho de mais de 2,2% em Chicago. A composição dos mercados de produto acabado, o clima e a colheita atrasada no Meio-Oeste são julgados como fator positivo", explica o corretor da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano.
Diante desse cenário, o especialista ainda reforça que, os fundos de investimentos compraram mais de 5 mil contratos até a metade do pregão desta segunda-feira. "E 2 mil contratos de farelo de soja. Em contrapartida, os fundos venderam posições de milho e trigo que estavam subindo desde a semana anterior", destaca Mariano.
No caso da colheita nos EUA, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que, até o último domingo, cerca de 76% da área plantada com o grão já havia sido colhida. O número ficou levemente acima das apostas do mercado, de 75%. Porém, no mesmo período do ano anterior, a colheita estava em 84%.
Paralelamente, o clima e o andamento do plantio na América do Sul estão no radar dos participantes do mercado. No Brasil, em torno de 26,4% da área esperada para a safra 2016/17 já foi semeada, segundo levantamento da agência Safras & Mercado. "Os meteorologistas dizem que a América do Sul receberá chuvas regulares ao longo da próxima quinzena, o que deverá manter os solos favoráveis ao plantio", disse o CBA Tobin Gorey, ao Agrimoney.com.
Mercado brasileiro
Em meio à volatilidade em Chicago e a ligeira alta no câmbio, os preços nos portos brasileiros permanecem estáveis nesta terça-feira (25). Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, no Porto de Rio Grande, a saca disponível é cotada a R$ 74,00 e o valor futuro é de R$ 77,50 a saca.
Enquanto isso, a dólar era cotado a R$ 3,1242, com alta de 0,11%, por volta das 12h39 (horário de Brasília). A moeda voltou a subir ao longo da sessão diante do movimento de correção técnica depois das quedas registradas recentemente, conforme reportou o site G1.
0 comentário
Argentina: Processamento de soja caiu em novembro e o mercado começa a sentir a escassez do produto
Soja fecha de lado em Chicago e sobe onde ainda há negócios no Brasil frente ao dólar alto
Soja segue ainda lateralizada na CBOT nesta tarde de 3ª, com suporte do farelo
Soja opera com estabilidade em Chicago nesta 3ª feira, acompanhando fundamentos
Soja fecha o dia com leves altas em Chicago acompanhando forte avanço do óleo
Guerra Comercial 2.0: Trégua entre EUA e China e impactos no mercado de soja; confira análises da Hedgepoint Global Markes