Dólar cai ante real com dados globais positivos e à espera da ata do Fed

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava ante o real nesta quarta-feira, mantendo o movimento visto no pregão passado, com os investidores esperando pela ata da última reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, e reagindo aos indicadores mais positivos da economia global.
Às 10:09, o dólar recuava 0,71 por cento, a 3,2391 reais na venda, depois de cair 0,59 por cento na véspera. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,75 por cento.
"A situação política interna deu uma acalmada em janeiro, sem novas delações. E o cenário internacional parece de mais otimismo", afirmou o presidente da Canepa Asset, Alexandre Póvoa. "O mercado voltou neste início de ano com mais apetite para o risco."
No cenário internacional, o dólar também caía ante uma cesta de moedas, recuando da máxima de 14 anos.
Nos últimos dias, uma série de indicadores positivos mostrou que a economia global estava com desempenho melhor do que o esperado. Mais cedo, foi divulgado que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que atividade empresarial na zona do euro encerrou 2016 no ritmo mais rápido em cinco anos e meio.
Na véspera, o PMI também mostrou que a atividade industrial da China avançou mais do que o esperado em dezembro, com a produção alcançando a máxima em quase seis anos.
Os investidores também esperavam a ata da última reunião do Fed, em que elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e sinalizou ritmo mais rápido de altas em 2017. O documento será divulgado às 17:00 (horário de Brasília).
O mercado buscará mais sinalizações de como o banco central dos EUA deve se comportar no governo de Donald Trump, que assume a Presidência do país no próximo dia 20. O republicano prometeu aumentar gastos, o que pode obrigar o Fed a ser mais duro na política monetária. Juros mais altos no mercado norte-americano podem significar saída de capital de mercados emergentes, como o brasileiro.
O Banco Central brasileiro, por enquanto, não anunciou nenhuma intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, permanecendo de fora desde o dia 13 de dezembro.
(Por Luiz Guilherme Gerbelli)
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