Certifica Minas Café ajuda cafeicultor do Sul de Minas a melhorar manejo da lavoura e gestão da propriedade
Há três anos, o produtor Flávio Pereira de Mello, do município de Monte Santo de Minas, região Sul de Minas Gerais, decidiu impulsionar a produção de café de sua propriedade. Para isso, uma das ações foi participar do programa estadual Certifica Minas Café. Como resultado, o produtor conseguiu melhorar o manejo e a gestão de sua propriedade.
O Certifica Minas Café é um programa do governo estadual e executado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio da Emater-MG e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A ideia é estimular os produtores a adotarem boas práticas de produção e uma gestão moderna da propriedade para agregar valor ao café mineiro. A Emater-MG orienta os produtores sobre as adequações das propriedades candidatas ao processo de certificação. Atualmente, Minas conta com 1.300 propriedades certificadas.
O cafeicultor Flávio de Mello possui duas propriedades certificadas. Uma é a Fazenda Nova Aliança e a outra é a Fazenda Capelinha. No total, ele cultiva cerca de 110 hectares de café. De acordo com técnico da Emater-MG, Geraldo Rodrigues, com a participação no programa, o produtor conseguiu melhorias em suas propriedades.
“Todo o processo que a certificação exige traz benefícios que refletem na qualidade do seu café. Um ponto importante é a rastreabilidade do café desde a entrada no terreiro até o seu beneficiamento, que garante ou preserva a qualidade do café, separando os lotes inferiores”, diz o técnico.
Flávio de Mello adotou algumas práticas importantes como anotar todos os dados referentes à lavoura. As anotações não se resumem à parte financeira, mas também ao desenvolvimento da própria cultura. “Desta forma, cada ano que passa, ele vai criando um banco de dados e pode fazer comparações com safras anteriores para tomar as melhores decisões de manejo e redução de custos”, afirma Geraldo.
Outra ação foi redobrar a atenção com o manejo da lavoura que incluí aquisição de mudas de boa procedência,capina, controle de pragas, doenças, nutrição das plantas, podas, entre outras. Os procedimentos pós-colheita também passaram a ter maior atenção do produtor. Além disso, na propriedade, o armazenamento do café acontece em temperatura e umidade adequadas, diminuindo o risco de perdas. “Todo este cuidado com a lavoura reflete em produções mais rentáveis e lucrativas e mantém a lavoura sadia para a próxima safra”, explica Geraldo Rodrigues.
Além de contribuir para melhorar o manejo e a gestão das propriedades, a certificação ajudou a valorizar ainda mais o café produzido por Flávio de Mello junto ao mercado internacional. Em 2015 e 2016, Flávio Mello exportou café para os Estados Unidos, Nova Zelândia, Inglaterra e Coreia do Sul. “É uma sensação de missão cumprida com o fechamento de um ciclo. É muito satisfatório ver o resultado final de tantos anos e trabalho”, afirma.
0 comentário
Média de embarques e faturamento do café torrado nos 15 dias de dezembro/25 recuam no comparativo com mês inteiro do ano passado
Chuvas abaixo do esperado no BR consolidam ganhos do café arábica no fechamento desta 2ª feira (22)
Mapa alerta para café torrado com irregularidades
Mercado cafeeiro mantém volatilidade e avançava moderadamente na manhã desta 2ª feira (22)
Café: Perspectivas de chuvas no BR consolidam novamente baixas em NY no fechamento desta 6ª feira (19)
Consumidores de café dos EUA enfrentam preços mais altos mesmo após retirada de tarifas