Em cenário atípico, suinocultores fecham janeiro positivo
O mercado do suíno vivo surpreendeu em janeiro. Após abrir o mês em forte queda, refletindo o fraco desempenho das vendas externas -, o mercado reverteu à tendência e vêm registrando consecutivas altas.
Tipicamente o primeiro semestre do ano é marcado por cotações pressionadas, visto que as vendas internas e externas não registram bons volumes no período.
Neste mês, porém, a realidade surpreendeu. Em São Paulo, por exemplo, a bolsa de suínos retomou o patamar de comercialização do final de dezembro, em R$ 90/@.
A explicação para esse cenário é o aquecimento na procura por animais, aliado a redução no volume de animais terminados. Conforme relata Pedro Gabone, da Fazenda e Frigorífico Santa Rosa, em São Paulo, as indústrias encontram difícil para cumprir as escalas de abates. “Neste momento, estamos com falta de animais vivos para o abate e, por isso, estamos em busca de animais em outros estados. No meu caso, animais abatidos”, afirmou.
Do lado da oferta houve um aumento no peso dos animais, justificando o melhor volume de suínos terminados no mês passado. "O produtor deixa de entregar aquele volume todo de animal para colocar mais peso, reduzindo a disponibilidade de animais no mercado", explica o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Para o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a tendência para a virada de mês e também para a primeira quinzena de fevereiro é de reajustes nos preços dos cortes da carne suína no atacado, por conta da demanda mais firme prevista para o período, o que é importante também para equilibrar as receitas da atividade.
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