Soja: Mercado sente possibilidade de área maior nos EUA e fecha com leve queda na CBOT nesta 4ª

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quarta-feira (18) em queda. O mercado, ao longo de todo o dia, trabalhou sem uma direção bem definida e testando os dois lados da tabela, porém, sempre com variações bastante limitadas.
De um lado, embora ainda tímidas, as especulações sobre o início da nova safra norte-americana têm dado algum norte aos preços, segundo explicam analistas e consultores internacionais. Entretanto, ainda é bastante cedo para saber quais serão os impactos dessas adversidades para a produção 2018/19 dos EUA.
O atraso no plantio do milho em função do frio intenso, da neve, baixas temperaturas e os solos ainda muito secos estimula a discussão de que, mais tarde, a soja poderia ganhar espaço do milho.
"O mercado foi direcionado pelo clima. O início lento do plantio indica uma maior área que poderia ser destinada à soja em detrimento do milho ou do trigo de primavera", explica o analista Jason Roose, da U.S. Commodities.
Além disso, a demanda melhor pela soja norte-americana - sentida com um ritmo melhor das vendas do país nas últimas semanas - pode ter alcançado seu pico, também como salienta o executivo, tendo sido precificada e já não conta com tanta força de estímulo aos preços.
"O cenário semelhante ao inverno perdura sobre as principais regiões sojicultoras norte-americanas. Temperaturas gélidas, tempestades de neve e solos secos consistem sobre o Cinturão Agrícola e a região do Delta norte-americano. Ainda é prematuro afirmar qualquer perda de safra, entretanto o plantio já se encontra atrasado. A permanência deste padrão climático para maio será extremamente prejudicial ao país", diz o reporte da ARC.
Ainda assim, os traders não tiram os olhos de fatores como a guerra comercial entre China e EUA. "O debate continua e o mercado está esperando pela causa e efeito dessa disputa", diz a Benson Quinn Commodities.
Como explica a consultoria internacional AgResource Mercosul (ARC), nesse momento, os importadores chineses Têm evitado novas e grandes compras de soja dos EUA, "continuando a adição de contratos de exportação para a oleaginosa brasileira e, até mesmo, alguns cargueiros provenientes do Canadá".
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