Milho fecha terça-feira em alta pela sétima sessão seguida na Bolsa de Chicago

A terça-feira (21) chegou ao final com a Bolsa de Chicago (CBOT) sustentando as valorizações para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram altas entre 5,25 e 6,00 pontos.
O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 3,94, setembro/19 valia US$ 4,02 e o dezembro/19 era negociado por US$ 4,10.
De acordo com informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram para a sétima sessão com o maior valor em um ano na terça-feira, quando o clima chuvoso e os campos encharcados do cinturão de milho dos EUA paralisaram o plantio da primavera.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho subiram mais de 1% hoje, depois que o último relatório de progresso da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostrou um ritmo de plantio historicamente lento nesta primavera.
O USDA estima que 49% da safra de milho dos EUA tenha sido plantada até 19 de maio. Esse é um avanço dos 30% da semana anterior, mas permanece significativamente atrás do ritmo de 78% em 2018 e uma média anterior de 80% em cinco anos. Os analistas esperavam que o USDA relatasse um progresso de 50%. Apenas nove dos 18 principais estados produtores plantaram pelo menos metade de sua safra de milho até o momento.
A produção agora enfrenta "grandes dificuldades", a menos que o clima seja perfeito para o resto da temporada, de acordo com Bryce Knorr, analista sênior de mercado de grãos da Farm Futures. "A área plantada pode cair para 90 milhões, 2,8 milhões a menos que o USDA estimado em março", diz.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou desvalorização foi Castro/PR (2,94% e preço de R$ 33,00).
As desvalorizações foram percebidas em Palma Sola/SC (1,72% e preço de R$ 29,50), Pato Branco/PR (1,84% e preço de R$ 27,70), Cascavel/PR (1,96% e preço de R$ 26,00) e Ponta Grossa/PR (3,13% e preço de R$ 33,00).
A Agrifatto Consultoria aponta que o mercado de grãos segue atento as negociações em Chicago. Ontem, o USDA divulgou sua nova estimativa de plantio e o atraso continua inflacionando os preços externos. A Guerra Comercial China x EUA e a peste suína também seguem em pauta.
No Brasil, o volume comercializado é pequeno, enquanto as colheitas avançam. O Imea anunciou o início de colheita no Mato Grosso. O Deral já havia observado o início em Campo Mourão (PR) e Toledo (PR) com, praticamente, 2 a 3 semanas de antecedência. Já nos portos brasileiros, tradings seguem trabalhando para equalizar a alta volatilidade de Chicago e cambial via prêmios.
Confira como ficaram as cotações nessa terça-feira:
>> MILHO
0 comentário
Com mercado lento, cotações do milho recuam na B3 nesta segunda-feira
Em apenas 15 dias úteis, Brasil já exportou mais milho do que em todo dezembro de 2024
Força de demanda segue mantendo futuros do milho de Chicago em alta nesta segunda-feira
Cotações do milho abrem a segunda-feira no campo positivo da Bolsa de Chicago
Milho/Cepea: Com demanda ainda fraca, preços caem em parte das praças
Futuros do milho recuam em Chicago nesta sexta-feira, mas ainda acumulam ganhos semanais