Soja: Alta de mais de 10% do dólar em agosto compensa perdas de 5% em Chicago
Podcast
Entrevista Camilo Motter - Granoeste Corretora de Cereais sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Download

A semana mostra um ritmo de negócios mais lento no mercado brasileiro de soja. Apesar da alta ainda expressiva do dólar e dos prêmios fortalecidos, além da presença da demanda, os vendedores se mostram um tanto mais retraídos nestes últimos dias, segundo explica o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.
"Na expectativa de que os preços podem subir ainda mais, o produtor tem vendido de forma um pouco mais comedida, da mão para a boca", diz.
Além disso, as perdas registradas nesta terça-feira dos futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago - de pouco mais de 7 pontos entre os principais vencimentos - acabaram por limitar o avanço das cotações no Brasil, e acabaram até por pressioná-las nos portos e em algumas praças de comercialização do interior do país.
Em Paranaguá, perdas de 0,56% no disponível e para setembro, com preços de R$ 88,00 e R$ 89,00, respectivamente, enquanto em Rio Grande, recuo de 0,34% e 0,45%, para R$ 89,00 e R$ 86,70 por saca. No interior, as perdas passaram de 1%, porém, não foram generalizadas.
BOLSA DE CHICAGO
O mercado da soja operou em baixa nesta terça-feira na Bolsa de Chicago durante toda a sessão. Assim, o contrato novembro finalizou o pregão com US$ 8,59, enquanto o março foi a a US$ 8,86 por bushel.
As cotações refletiram os últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que aumentaram o índice de lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições de 53% para 55%.
O número teve alta de dois pontos percentuais na semana e ficou acima dos 54% esperados pelo mercado. São 32% das lavouras em condições regulares, contra 33% da semana anterior, e 13% e condições ruins ou muito ruins, contra 14% da semana anterior.
Veja ainda:
Além disso, a pressão da guerra comercial entre China e EUA, apesar das especulações de que os dois países deverão continuar suas negociações, também segue limitando os preços da soja na CBOT. A falta de um acordo entre os governos de Donald Trump e Xi Jinping, afinal, mantém a demanda chinesa ausente no mercado norte-americano, e os estoques dos EUA historicamente altos.
0 comentário
Soja fecha de lado em Chicago e sobe onde ainda há negócios no Brasil frente ao dólar alto
Soja segue ainda lateralizada na CBOT nesta tarde de 3ª, com suporte do farelo
Soja opera com estabilidade em Chicago nesta 3ª feira, acompanhando fundamentos
Soja fecha o dia com leves altas em Chicago acompanhando forte avanço do óleo
Guerra Comercial 2.0: Trégua entre EUA e China e impactos no mercado de soja; confira análises da Hedgepoint Global Markes
Soja segue em alta na CBOT, mas ameniza ganhos na tarde desta 2ª feira