Mercado brasileiro de soja tem preços estáveis e ritmo reduzido de negócios nesta 4ª

O mercado da soja fechou o pregão desta quarta-feira (18) no vermelho na Bolsa de Chicago. As cotações da oleaginosa terminaram o dia perdendo entre 4 5 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 8,88 e o março a US$ 9,15 por bushel.
A estabilidade pôde ser observada durante todo o dia na CBOT e se estendeu também para o mercado brasileiro neste meio de semana. Na maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, os indicativos permaneceram estáveis.
As exceções foram algumas praças no Centro-Oeste que marcaram algumas altas e baixas entre suas referências desta quarta, mas na maior parte do país os preços da soja operam acima dos R$ 70,00 por saca. Em partes do Paraná, os valores chegam a manter-se ainda acima dos R$ 80,00.
Nos portos, os indicativos também seguem sem força e fecharam o dia com estabilidade tanto para o produto disponível, quanto para a safra nova. A alta de 0,82% do dólar - levando a moeda americana a R$ 4,11 - ajudou na manutenção das cotações, embora haja ainda a pressão de Chicago e, principalmente, dos prêmios mais baixos para a soja spot neste momento.
Para a soja disponível, R$ 84,00 em Paranaguá e R$ 84,20 saca em Rio Grande, já para março de 2020, os valores são de R$ 84,50 e R$ 85,00 por saca. Apesar da pouca variação nesta quarta, os valores atuais são consideravelmente menores se comparados à semanas anteriores, quando a demanda estava mais aquecida no mercado brasileiro.
Antes acima dos 100 pontos, os prêmios para a soja disponível atuam agora entre 75 e 85 cents de dólar nas principais posições de entrega, o que afasta os vendedores e reduz consideravelmente o ritmo dos negócios.
"A semana da Soja no Brasil começou sem grandes negócios, somente pequenos boatos e quase nada de fatos. Com os portos dando chances de R$ 86,00 para
outubro e também para safra nova de junho e não mostrava vendedores que estavam esperando pelo menos R$ 88 para as duas posições", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
MERCADO INTERNACIONAL
Essa foi a terceira sessão consecutiva de baixas no cenário internacional, com o mercado em Chicago buscando definir uma direção, mas ainda com muita cautela e evitando grandes variações ou mudanças.
O mercado segue em compasso de espera, principalmente, sobre as notícias que devem chegar sobre as relações entre China e Estados Unido, mesmo diante das últimas compras da nação asiática feitas no mercado americano nos últimos três dias e que somaram quase 700 mil toneladas.
Um novo encontro entre as duas delegações deverá acontecer nos próximos dias, em Washington, para preparar os ânimos e o terreno para o encontro de outubro entre os representantes chineses e americanos do alto escalão.
"A soja se mantém pressionada, com o medo especulativo de que a demanda asiática pela oleaginosa continue em retração,uma vez que a Febre Suína continua se espalhando pelo continente", explicam os diretores da ARC Mercosul.
Do lado dos fundamentos, o mercado se atenta ao clima no Corn Belt, já que a colheita do milho já está em andamento e a da soja deve começar em mais algumas semanas. O atraso é considerável, porém, nesse momento, sem ameaças severas de geadas que pudessem comprometer ainda mais a safra norte-americana.
O início do plantio no Brasil e o atraso das chuvas em importantes regiões produtoras também começa, aos poucos,a ser observado pelo mercado internacional.
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