Consumo x Coronavírus: Impacto negativo sobre alimentos deve ser pontual e aumento da demanda deverá ser necessário, diz Cachia
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Mercado da soja - Entrevista com Steve Cachia - Consultor da Cerealpar e da AgroCulte
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Direto de Valletta, capital de Malta, o consultor de mercado da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia, deu entrevista ao Notícias Agrícolas e destacou que embora enquanto commodities, os preços dos alimentos sofrem a pressão trazida pelos desdobramentos do coronavírus, o impacto negativo deve ser pontual.
"Em muitos países, o consumo de alimentos - com bares, hoteis, restaurantes fechados - caiu 90%. Mas, por outro lado, vimos que as pessoas, em quarentena, estava comprando mais. E também tinha aquela parcela da população que, com medo de falta, começou a estocar. E temos visto um outro movimento que, os países mesmo não admitem, que é a formação de estoque de matéria-prima, então isso trouxe certo alento ao mercado", diz.
Por outro lado, a preocupação de que a doença intensifique sua crise nas Américas a partir de agora, principalmente nos EUA, acabam limitando essa possibilidade de recuperação. "Dessa vez tivemos uma crise que atingiu tudo e todos, do grande empresário até o vendedor de rua", explica Cachia.
Mais do que isso, o consultor explica ainda que o mercado precisa ver a economia global se recuperar em "V" e não em "U", como diz o jargão do mercado, ou seja, com rapidez, vigor e consistência, de forma que o consumo não fique ainda mais comprometido.
BRASIL
Para Steve Cachia, o Brasil deverá continuar a desempenhar um papel importante e determinante no abastecimento mundial de alimentos e sendo beneficiado pelo atual momento.
"O Brasil, do jeito que estão produção, produtividade, custos de produção e até os preços como estão em reais diante da taxa de câmbio, é sim favorecido, sendo um player importante, ainda mais se outros países tiverem uma reação de medo exagerado e limitar as exportações de alguns produtos", diz.
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