Bolsonaro fala de ameaças de saques, mas a imprensa só destaca a irritação do presidente
Podcast
Bolsonaro fala de ameças de saques, mas a imprensa só destaca a irritação do presidente
DownloadNesta terça-feira aconteceu mais um dia de manchetes negativas para o presidente Bolsonaro; extremamente irritado, Bolsonaro, com a capa do jornal Folha de S. Paulo nas mãos, gritou que os jornalistas daquele veiculo estão se portando com patifaria, mentindo.
"Canalha é um elogio para a Folha de S. Paulo", disse o presidente, a respeito da abordagem do jornal paulista sobre a troca de comando da Policia Federal e do superintendente do Rio de Janeiro. Os repórteres tentaram fazer perguntas, e Bolsonaro mandou-os "calarem a boca".
O entrevero não permitiu que houvesse destaque para assunto mais importante, o alerta feito pelo presidente sobre o fim do auxilio financeiro (600 reais) para 97 milhões de pessoas para compensar a paralisação da economia causado pela pandemia de corornavírus.
-- "Ainda não tivemos saques graças aos 600 reais, mas isso vai acabar mês que vem. Por isso precisamos voltar à atividade economica o mais rapido possivel, senão teremos problemas gravíssimos".
O alerta não sensibilizou os repórteres, mas foi o destaque do analista Renato Dias, do blog Rankingo dos Politicos, que mostrou que a crise só beneficia politicos do centrão, "que a cada entrevero sobem a régua do apoio às reformas que precisarão ser votadas no Congresso".
(Acompanhe a entrevista no vídeo acima).
Bolsonaro diz que auxílio do governo evitou saques e se irrita com a "imprensa canalha"
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que só não há uma onda de saques no Brasil por causa do pagamento do auxílio emergencial de 600 reais pago pelo governo federal, mas alertou que a ajuda é limitada e a economia precisa voltar a funcionar, em um novo ataque a medidas de isolamento social para frear a disseminação do coronavírus.
Ao conversar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que o país está "chegando no limite".
"Chegou a um nível insustentável. O que está mantendo o Brasil longe de saques e violência são os 600 reais, mas daqui a dois meses acaba. Se a economia não voltar a funcionar até lá, teremos problemas seríssimos", disse Bolsonaro.
Irritado, Bolsonaro manda jornalistas calarem a boca
Na sequencia, Bolsonaro mandou repórteres calarem a boca, chamou a imprensa de "canalha" e insuflou seus apoiadores contra esses profissionais, ao mesmo tempo em que confirmou a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, mesmo negando que tivesse influenciado essa decisão.
Irritado pelas manchetes que apontavam sua influência na troca do superintendente, especialmente a do jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro chamou a imprensa de "canalha" e afirmou que a maioria só publicava "patifaria".
"Não tem nenhum parente meu investigado pela PF, nem eu nem meus filhos. O superintendente está indo ser o diretor-executivo. São 27 superintendentes e ele está indo ser o diretor-executivo. Se fosse desafeto meu e eu tivesse ingerência, não iria para lá. É o 02", reclamou Bolsonaro.
Quando os repórteres tentaram fazer perguntas, o presidente respondeu: "cala a boca".
"Cala a boca! Eu não te perguntei nada. Cala a boca!", gritou.
"Manchete canalha e vocês da mídia, grande parte tenham vergonha na cara, só publicam patifaria!", continuou.
Bolsonaro mostrou a capa da edição desta terça do jornal Folha de S.Paulo, cuja manchete faz uma relação entre a troca e o interesse dos filhos do presidente. "É uma manchete canalha e mentirosa e vocês da mídia, tenham vergonha cara. A grande parte publica patifaria."
Insuflados pelos ataques do presidente parte dos apoiadores de Bolsonaro, que ficam separados dos jornalistas por duas grades, aproveitou também para atacar a imprensa. "Mídia porca", "nojentos" e "lixo" eram gritados para os repórteres, mesmo depois de Bolsonaro deixar o local.
No domingo, durante manifestação a favor de Bolsonaro, jornalistas foram agredidos, empurrados e xingados por apoiadores do presidente. Nesta terça, Bolsonaro afirmou que houve um "superdimensionamento" do caso porque o interesse da imprensa é "nós tirar daqui".
Registros de Covid-19 se estabilizam na Espanha e custos são elevados para a economia
MADRI (Reuters) - A Espanha registrou seu terceiro dia consecutivo com menos de 200 mortes por Covid-19, mas um número recorde de pessoas que reivindicam benefícios da previdência social para abril mostrou para a economia o custo de controlar a epidemia.
O país está gradualmente emergindo de uma quarentena rigorosa, com pequenos negócios, como floristas e ferreiros, abrindo as portas com restrições nesta semana. Os espanhóis, que ficaram em casa por mais de seis semanas, agora podem praticar exercícios.
Mas o governo de coalizão do primeiro-ministro Pedro Sánchez deve buscar aprovação parlamentar na quarta-feira para outra extensão do estado de emergência, o que lhe dá amplos poderes para impor o fim do confinamento.
O Partido Popular, de oposição, informou que não apoiará outra extensão de duas semanas ao estado de emergência, que termina no sábado, dizendo que Sánchez deveria usar a legislação para navegar rumo à normalidade.
A tensão política ocorre em um momento crítico, enquanto o governo busca reviver uma economia atingida pelos efeitos do surto de Covid-19 que matou mais de 25 mil pessoas na Espanha --um dos maiores registros de mortes no mundo-- e deixou milhares sem trabalho.
O Ministério da Saúde registrou 185 novas mortes nas últimas 24 horas, o terceiro dia consecutivo abaixo de 200. O número total de casos diagnosticados aumentou para 219.329, ante 218.011 no dia anterior.
"Os números são favoráveis. Tudo indica que estamos em uma posição muito boa para o processo de transição que vamos realizar nos próximos dias", disse o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências em Saúde, Fernando Simón, em entrevista coletiva.
Em um sinal de como as medidas de quarentena geraram uma grande tensão financeira para o Estado, dados desta terça-feira mostraram que o custo dos benefícios pagos aos 5,2 milhões de pessoas, dependendo total ou parcialmente dos benefícios de desemprego em abril, mais que triplicaram em relação ao ano anterior, chegando a 4,5 bilhões de euros.
O valor representa os maiores gastos da história em auxílios-desemprego na Espanha.
2 comentários
Preços mundiais dos alimentos caem pelo terceiro mês em novembro, diz FAO
Minério de ferro encerra semana em baixa devido à melhora na oferta e demanda fraca da China
Comércio dos EUA com a China provavelmente precisa ser menor, diz Greer
Ações da China interrompem três dias de quedas com otimismo sobre chips domésticos
Índices de Wall Street fecham quase estáveis com impulso de apostas de corte do Fed, mas pressionados pela Amazon
Amcham: novembro registra 4ª queda seguida nas exportações aos EUA e reforça necessidade de acordo bilateral
Luiz Cardoso
Belgica queria fazer quarentena ate 1 de agosto, mas nao aguentou o colapso economico..., com emprestimo fabuloso dado pela UE, comecou a abrir comercios por grupos: material de construcao , loja de tecidos, e dia 17 volta tudo... inclusive escola. E na rua quase ninguem usa mascara.
EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR
Dou razão ao Presidente .
Estas grandes mídias estão organizadas em grupo com o objetivo de atacar , tentar distorcer a real situação que o Brasil passa . Estavam acostumados a mandar através de esquemas financeiros e tudo isso foi estancado . Bolsonaro , como todo cidadão que é correto, não vai suportar estes ataques de baixo nível . Tem que mandar calar a boca mesmo ..