Produção industrial da China aumenta em maio mas consumidores continuam cautelosos

Por Gabriel Crossley e Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - As fábricas da China aceleraram a produção pelo segundo mês seguido em maio, uma vez que o país retoma as atividades após a pandemia de coronavírus, embora o ganho mais fraco do que o esperado sugira que a recuperação permanece frágil.
Os dados divulgados nesta segunda-feira também mostraram contrações sustentadas nas vendas no varejo e no investimento, um sinal de que muitos setores ainda enfrentam os efeitos das paralisações em toda a economia.
"A produção industrial está no geral melhorando, mas ainda há algumas dificuldades e incertezas", disse Jiang Yuan, autoridade da Agência Nacional de Estatísticas em comunicado.
O crescimento da produção industrial acelerou a 4,4% em maio na comparação com o um ano antes, leitura mais alta desde dezembro, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira.
Analistas consultados pela Reuters esperavam aumento de 5,0% após alta de 3,9% em abril, primeira expansão desde que o vírus surgiu na China no final do ano passado.
Mas a queda nas encomendas de exportação em meio às paralisações globais deixou as fábricas mais dependentes da demanda doméstica, que se recupera a um ritmo mais lento.
As vendas no varejo caíram pelo quarto mês seguido. Embora a queda de 2,8% tenha sido mais fraca do que as perdas de 7,5% em abril, foi maior do que o recuo de 2,0% estimado por analistas. Fortes perdas de empregos e temores de uma segunda onda de infecções mantiveram os consumidores cautelosos.
O investimento em ativo fixo caiu 6,3% entre janeiro e março na comparação com o mesmo período do ano anterior, contra expectativa de queda de 5,9% e recuo de 10,3% nos quatro primeiros meses do ano.
O investimento em ativo fixo do setor privado, que responde por 60% do investimento total, recuou 9,6% entre janeiro e maio, contra queda de 13,3% nos quatro primeiros meses do ano.
0 comentário
Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Brasil vive pior crise institucional desde a democratização e 2026 ainda não deve trazer mudança profunda
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde