Mercado de suínos independente segue com altas; MG bate recorde real e nominal

Publicado em 03/09/2020 16:11
Segundo lideranças no setor, se antes se imaginava que os preços haviam chegado a um teto, a continuidade nas altas avisa que ainda há espaço para novos reajustes

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A virada de agosto para setembro trouxe novos reajustes para o suíno no mercado independente. Se antes as lideranças do setor pensavam que os preçoes estavam próximos a um teto, novas altas antes mesmo da entrada da massa salarial apontam que ainda há espaço para mais aumentos. Em Minas Gerais, por exemplo, o preço atingiu recorde real e nominal, fechando nesta quinta-feira (3) em R$ 8,20/kg vivo. 

Segundo explica o consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), o valor passou de R$ 7,80/kg para R$ 8,20/kg nesta semana, o que em valores atualizados pelo IGP-DI é o mesmo que ocorreu em dezembro de 2004, representando um recorde real e nominal.

"O comércio de suínos no Estado continua com procura além da oferta. Na plataforma de dados, a idade dos animais se mantém baixa como no final de ano. Isso continua garantindo uma oferta controlada. Os frigoríficos estão alegando dificuldade de repasse e foi uma negociação longa, mas concordaram com o preço".

São Paulo, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, teve aumento de R$ 7,73/kg para R$ 8/kg. Para o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, deve haver mais realinhamentos nos preços, principalmente devido ao aumento nos custos de produção.

"Foi uma negociação mais fácil nesta semana do que na anterior, com os frigoríficos vendo um mercado mais promissor para este final de semana e o próximo, e concordando com o aumento nos preços", disse.

A quinta-feira (3) também foi de aumento nos preços do suíno no mercado independente de Santa Catarina, com valores passando de R$ 7,44/kg para R$ 7,61/kg. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), há uma procura maior por parte da indústria por lotes devido ao ritmo das exportações.

"No mercado interno, também temos cada vez mais o comércio reabrindo e acredito que com a proximidade das eleições, as coisas devam se encaminhar mais para perto da normalidade. Os preços tendem a subir mais".

Houve aumento também no Rio Grande do Sul, mudando de R$ 6,87/kg para R$ 7,01/kg, conforme explica o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, Valdecir Folador.

"A movimentação continua em ritmo intenso, com oferta dentro dos padrões, e procura bastante alta, mas por outro lado o custo de produção sobe semana a semana. Apesar disso, ainda tem uma margem para o produtor, mas uma margem pelo fato de que nós estamos com esse mercado muito aquecido. Acredito que ainda haja mais rejuste nesta semana, não sei ainda em que percentual".

No Mato Grosso, o preço do suíno independente dentro do Esatdo foi de R$ 6,06/kg para R$ 6,20/kg, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso, Itamar Canossa. 

"Esse ainda é o preço do final de mês, então ainda acreditamos que com o começo do mês ainda deva ter mais alta, chegando perto dos R$ 6,50. O frigorífico está apavorado porque não está encontrando carne e não está querendo pagar o que o mercado está pedindo". 

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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