MetSul: La Niña com intensidade entre fraca e moderada favorece aumento de temporais e granizo na primavera no sul do país

Publicado em 11/09/2020 15:15 e atualizado em 14/09/2020 10:13
Estael Sias - Meteorologista - Metsul
Apesar de modelos indicarem retorno das chuvas a partir de Outubro, cenário ainda é muito preocupante para produção da soja no Paraná, diz meteorologista

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Entrevista com Estael Sias - Meteorologista - Metsul sobre o La Niña

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 A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos anunciou oficialmente na última quinta-feira (10) que o Oceano Pacífico está sob influência do La Niña, com previsão do pico do fenômeno entre os meses de novembro e janeiro, com intensidade de fraca a moderada, o que levanta certa preocupação do produtor brasileiro. "Não é mais uma previsão, é um fato, nós estamos sob regime de La Niña e a partir de agora a gente vai notar maiores evidências como consequências", afirma Estael Sias, meteorologista da MetSul. 

Estael destaca que as condições são mais preocupantes, neste momento, para o Paraná. "Não há uma recuperação no curto prazo, a gente vê as projeções até final de setembro que grande parte do estado segue nesse quadro de pouca chuva. A partir de Outubro as chuvas começam avançar e nesse processo levando mais chuvas também para o Paraná", comenta. 

>>> NOAA confirma retorno do La Niña ainda este ano; pico deve acontecer entre novembro e janeiro

A meteorologista destaca que o La Niña deve acontecer com intensidade entre fraca e moderada, com irregularidades para o retorno das chuvas para o Sul, com aumento chances de temporais mais severos e maiores chances de granizo para a região. "Isso vai ter que ser avaliado pelo produtor no curto prazo para avaliar as condições de seguir e tomar as melhores decisões nas lavouras", comenta. 

Já para o Rio Grande do Sul, as chuvas dos últimos meses garantem a umidade do solo para a semeadura da soja, mas em relação ao La Niña, a meteorologista, destaca que apesar de ser característico a baixa nos volumes, o défict hídrico no estado não deve ser tão intenso como foi no ano passado, por exemplo. "O Rio Grande do Sul hoje se mostra em uma condição bem mais confortável em relação ao Paraná", explica. 

Para o Centro-Oeste, Estael destaca que o cenário também é alarmante porque há muitos meses a região registra chuvas abaixo da média. A tendência é que o retorno da estação chuvosa também aconteça no início de Outubro, ainda em forma de pancadas e com chuvas mais abrangentes na segunda quinzena do mês que vem. As condições são as mesmas esperadas para o Sudeste e Nordeste do Brasil. 

Já para o norte do país, a tendência é que sob o regime de La Niña, que a região tenha chuvas mais volumosas neste ano. "A chuva será satisfatória e a gente pode até ter situações de excesso falando em áreas do Nordeste do Brasil", falando nessa projeção para os próximos meses sob influência de La Niña. 

Veja a previsão completa no vídeo acima 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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