Indicador de preço dos alimentos da Ceagesp sobe quase 8% em outubro

São Paulo, 9 - O índice de preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) encerrou o mês de outubro com forte alta de 7,94%, em comparação com o mês anterior, principalmente pela elevação dos preços nos setores de legumes, frutas e diversos.
A companhia explica em comunicado que, em virtude das altas temperaturas e da estiagem, que adentraram a primeira quinzena de outubro, o clima não favoreceu as culturas que já vinham sofrendo perdas desde setembro. Alguns produtos, como tomate, batata, mamão formosa, laranja e abacate tiveram danos.
Além disso, os custos da produção subiram, acompanhando a alta do dólar neste ano, com maiores despesas com fertilizantes e defensivos agrícolas cotados na moeda norte-americana. Em contrapartida, os setores de verduras e pescados acumulam alta no ano de apenas, respectivamente, 4,61% e 0,75%.
A Ceagesp salienta que a tendência para este mês é a previsão de mais chuvas que, não sendo excessivas, podem favorecer as culturas. Com clima quente e com maturação adequada dos frutos, a boa oferta de produtos deverá conter elevações gerais de preços.
Além da recuperação da oferta para os próximos meses, a demanda deve crescer, com uma maior flexibilização do isolamento social e o retorno de novas atividades econômicas em todo o Estado de São Paulo, incluindo bares e restaurantes, escolas e teatros e com a ampliação do horário de atendimento.
Em outubro, o setor de frutas apresentou forte alta de 8,58%. As principais elevações ocorreram nos preços do mamão formosa (97,0%), da laranja pera (41,5%), do maracujá doce (30,7%), do abacate margarida (25,1%) e da laranja lima (23,7%). As principais quedas ocorreram nos preços das mangas tommy atkins (-23,1%) e palmer (-15,6%), do limão taiti (-12,4%) e do abacaxi pérola (-5,5%).
O setor de legumes registrou elevação expressiva de 17,16%. As principais altas de preços aconteceram com a ervilha torta (73,4%), com o tomate caqui (69,7%), com o chuchu (54,1%), com a vagem macarrão curta (50,8%), com o tomate cereja (48,9%) e com o quiabo (44,9%). As principais quedas de preços ocorreram com os pepinos caipira (-17,3%), comum (-15,6%) e japonês (-14,6%), com a cenoura (-12,3%) e com a abobrinha italiana (-11,4%).
O setor de verduras apresentou alta de 1,56%. As principais elevações ocorreram nos preços do coentro (162,0%), da couve-flor (36,0%), do repolho (29,4%), da acelga (27,2%) e da rúcula hidropônica (22,2%). As principais quedas de preços ocorreram com a salsa (-37,5%), com a erva-doce (-21,6%), com a mostarda (-15,4%), com o orégano (-15,2%) e com a hortelã (-14,8%).
O setor de diversos fechou o mês com forte elevação de 5,83%. As principais altas foram registradas nos preços da batata asterix (41,0%), do milho de pipoca estrangeiro (19,8%), do coco seco (19,5%), da batata lavada (16,6%) e dos ovos brancos (10,1%). A principais baixas ocorreram com a cebola (-21,9%), e com o alho (-2,5%).
O setor de pescados registrou queda de 0,84%. As principais baixas ocorreram nos preços do salmão (-10,7%), do polvo (-6,9%), do camarão ferro (-5,3%) e da pescada goete (-3,9%). As principais altas foram registradas nos preços da betara (27,1%), da cavalinha (20,8%), da sardinha (13,8%), da pescada tortinha (11,4%) e do pintado cativeiro (11,3%).
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