NOAA: La Niña ainda não chegou ao fim, mas neutralidade se aproxima e com reflexos no Sul

Publicado em 09/04/2021 10:14
Uma provável neutralidade climática pode impactar nos volumes de chuva nos próximos meses sobre o Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, onde chuvas já estão escassas

​Anomalias da temperatura média da superfície do mar nas últimas semanas - Fonte: CPC/NOAA
Anomalias da temperatura média da superfície do mar nas últimas semanas - Fonte: CPC/NOAA

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A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, sigla em inglês) atualizou nesta quinta-feira (08) suas previsões para o fenômeno climático La Niña, que pode estar perto do seu fim, dando espaço para uma provável condição de neutralidade a partir do próximo mês. Além dosso, a partir de maio, começam a aparecer pequenas chances de um novo El Niño.

"A maioria dos modelos no espectro IRI/CPC prevê uma transição para ENSO-neutro durante a primavera de 2021 do Hemisfério Norte [Outono no Hemisfério Sul]", disse o NOAA em nota. "Uma transição de La Niña para ENSO-Neutro é provável no próximo mês ou com uma chance de 80% de ENSO-Neutro durante maio e julho de 2021", complementa.

Uma provável neutralidade climática pode impactar nos volumes de chuva nos próximos meses sobre o Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a chuva já vêm sendo escassa, segundo meteorologistas. Com La Niña, também há impacto nas chuvas na região. No Norte, tem possibilidade de mais chuvas. Na faixa central do país, não há efeitos tão representativos.

Anomalias da temperatura média da superfície do mar para a semana centrada em 31 de março de 2021. As anomalias são calculadas em relação às médias semanais do período base 1991-2020 - Fonte: CPC/NOAA
Anomalias da temperatura média da superfície do mar para a semana centrada em 31 de março de 2021. As anomalias são calculadas em relação às médias semanais do período base 1991-2020 - Fonte: CPC/NOAA

Apesar de um enfraquecimento do La Niña nos próximos meses, a probabilidade de se seguir com o mesmo fenômeno ou neutralidade fica muito próxima a partir do trimestre março, abril e maio.

"O La Niña continuou durante março, refletido por anomalias de temperaturas negativas da superfície do mar (TSM), que se estendeu por grande parte do Oceano Pacífico equatorial. As anomalias de SST enfraqueceram, mas continuam a oscilar semana a semana na maioria das regiões do índice Niño, particularmente no leste do Oceano Pacífico", disse o NOAA.

Efeitos do La Niña para o Brasil - Fonte: Agrosmart
Efeitos do La Niña para o Brasil - Fonte: Agrosmart

Mais à frente, no trimestre que compreende os meses de abril, maio e junho, a previsão no NOAA para o La Niña cai ainda mais, para probabilidade abaixo de 40% e com neutralidade acima dos 60%. Entre maio, junho e julho essa condição prevalece, de acordo com o mapa do centro abaixo. A partir de maio, julho e julho, começa a aparecer a probabilidade de El Niño.

Previsões oficiais probabilísticas ENSO do CPC / IRI do início de março - Fonte: CPC/NOAA
Previsões oficiais probabilísticas ENSO do CPC / IRI do início de março - Fonte: CPC/NOAA

Evento chegou ao fim para Agência Australiana

Para o Escritório de Meteorologia (BoM) da Austrália, o monitoramento do La Niña mostra que o fenômeno entrou em inatividade. O centro meteorológico australiano é um dos principais do mundo no monitoramento dos fenômenos no Pacífico Equatorial.

A análise do Bureau de Meteorologia da Austrália destaca que os modelos sugerem que o Pacífico deve seguir em neutralidade ao menos até o inverno.

Veja mais:
» La Niña chegou ao fim, aponta modelo Australiano; NOAA mantém atuação do fenômeno

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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