Açúcar em NY sobe mais de 2% com força do real e atento para safra do BR

As cotações futuras do açúcar fecharam a sessão desta quinta-feira (27) com valorização expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanhou a força do real, além das informações sobre a safra brasileira, expectativas da demanda e ajustes.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou valorização de 2,03%, cotado a US$ 17,12 c/lb, com máxima de 17,20 c/lb e mínima de 16,78 c/lb. Enquanto que o tipo branco em Londres saltou 1,67%, negociado a US$ 457,50 a tonelada.
O mercado avança desde a manhã, mas testou rally a partir da tarde desta quinta com atenção ao câmbio, ajuste de posições ante a sessão anterior, além de a atenção para a oferta global em meio às preocupações com a safra brasileira e sinais melhores da demanda.
De acordo com a Barchart, uma alta de uma semana do real sobre o dólar americano contribuiu para os ganhos do açúcar, pois desestimula a venda de exportação dos produtores de açúcar do Brasil. Nesta tarde, o real tinha alta de cerca de 1% ante o dólar.
A safra brasileira 2021/22 de cana tem sido impactada há meses por condições climáticas adversas e a moagem está mais lenta na expectativa por melhor desenvolvimento. Ainda assim, apresentou números que surpreenderam o mercado na primeira quinzena de maio.

Demanda global por açúcar dá sinais de recuperação para os próximos anos - Foto: Unica
A produção de açúcar no período totalizou 2,38 milhões toneladas (-4,39%) e a de etanol 1,82 bilhão de litros (-0,61%), segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) nesta manhã de quarta-feira sobre a primeira quinzena de maio.
"Os temores de clima seco no Brasil continuaram, mas as áreas de cultivo da parte Sul e Sudeste estão recebendo algumas chuvas benéficas, com Paraná e São Paulo recebendo as melhores precipitações", disse o analista daq Price Futures Group, Jack Scoville.
O mercado também monitora a retomada da demanda global pelo adoçante. Na safra 2019/20 (outubro-setembro), por exemplo, houve um recuo de 1,24% no consumo, mas que pode ser minimizado pelos 2,08% em 2020/21, totalizando 173,8 milhões de toneladas.
"Notamos que a curva de consumo está mudando de inclinação", disse em informativo a consultoria Archer.
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Mercado interno
O mercado brasileiro de açúcar registrou recuo mais expressivo na quarta-feira. Como referência, na véspera, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, recuou 0,45%, cotado a R$ 115,88 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, a R$ 123,47 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração disponível o preço FOB cotado a US$ 17,72 c/lb com recuo de 1,51%.
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