Governo cubano realiza enorme comício em Havana, após protestos
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HAVANA (Reuters) - Raúl Castro estava entre milhares de pessoas que compareceram a um comício organizado pelo governo em Havana, neste sábado, para denunciar o embargo comercial e reafirmar seu apoio à revolução de Cuba, uma semana depois de protestos sem precedentes que abalaram o país comunista.
Apoiadores do governo se reuniram na avenida à beira-mar da cidade antes do amanhecer, com bandeiras de Cuba e fotos do falecido líder revolucionário Fidel Castro e seu irmão Raúl. Esse último se aposentou como líder do Partido Comunista em abril, mas prometeu continuar lutando pela revolução como um “soldado”.
O comício foi uma reação às manifestações que eclodiram ao redor do país no último domingo, entre uma generalizada escassez de bens básicos, cobranças de direitos políticos e o pior surto de coronavírus na nação desde o começo da pandemia.
O governo reconheceu algumas falhas esta semana, mas, no geral, culpou “contra-revolucionários” financiados pelos EUA explorando a crise econômica causada pelas sanções norte-americanas pelos protestos.
Pouco antes do comício começar oficialmente em Havana, autoridades detiveram um homem que gritava slogans contra o governo, incluindo “liberdade”.
Cantora Gloria Estefan pede apoio global aos manifestantes cubanos
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(Reuters) - A estrela pop cubana Gloria Estefan pediu nesta sexta-feira à Organização das Nações Unidas (ONU) que condene o governo comunista de Havana por reprimir os protestos em massa.
Estefan, de 63 anos, que deixou Cuba para ir aos Estados Unidos com sua família quando tinha 2 anos, disse esperar que a polícia e os militares cubanos deem seu apoio aos protestos.
"Peço às Nações Unidas para condenar o governo cubano e suas táticas contra o próprio povo, eles estão usando violência, pessoas estão desaparecendo, eles mataram pessoas", afirmou à Reuters a cantora de "Turn the Beat Around".
Milhares de pessoas tomaram as ruas em cidades de Cuba no último domingo para protestar contra quedas de energia, aumento da Covid-19, escassez generalizada de produtos básicos e o sistema de partido único.
Os protestos, os maiores em décadas em Cuba, diminuíram nesta semana com o envio das forças de segurança e a mobilização de apoiadores do governo.
"Minha esperança é que haja gente suficiente na polícia e nas Forças Armadas para iniciar algum tipo de movimento em que não reprimam as pessoas, em que defendam as pessoas que deveriam proteger", disse Gloria Estefan.
A chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, pediu a Cuba na sexta-feira que liberte os manifestantes e jornalistas presos nos protestos e denunciou suposto uso excessivo da força contra alguns deles.
Gloria Estefan, três vezes vencedora do Grammy, disse estar orgulhosa dos jovens de Cuba que arriscaram suas vidas para protestar.
"É muito fácil falar de uma posição de liberdade e conforto. Eles estão fazendo um trabalho difícil e eu os aplaudo do fundo do meu coração e agradeço a eles por serem tão corajosos", declarou ela.
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