Soja recua em Chicago em dia marcado pelo financeiro, mas clima na América do Sul deve devolver altas nos próximos dias
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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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A quinta-feira (06) foi um dia marcado pela influência do lado financeiro nas cotações da Bolsa de Chicago (CBOT) que suplantaram o papel dos fundamentos climáticos e causaram recuos nos preços futuros da soja norte-americana.
Segundo análise de Ginaldo de Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro, a indicação que o FED irá aumentar as taxas de juros nos Estados Unidos foi o que pesou no mercado e puxou as cotações para baixo após uma sequência de dias altistas para a soja.
Na visão do analista, esse peso financeiro deve permanecer no mercado pelos próximos dois pregões e depois o que vai voltar à tona são os fundamentos climáticos com a seca para as lavouras da América do Sul.
Sousa destaca que a Argentina reduziu novamente a qualidade das lavouras de soja e milho nesta quinta-feira e passa por um momento muito sério e complicado, com as áreas agrícolas cada vez piores. O mesmo cenário se repete na produção do Rio Grande do Sul.
“Há 10 dias eu estive no Rio Grande do Sul passando por lavouras e já piorou muito de lá para cá”, diz.
Como as previsões climáticas não apontam grandes volumes de chuva para a região nos próximos dias, a situação tende a se piorar e este é um bom momento para os produtores brasileiros segurarem novas vendas.
“Se eu fosse produtor, neste exato momento, eu seguraria mais um pouco. Evidentemente, não pode segurar ad aeternum, porque ele tem compromissos e uma série de coisas, mas neste momento as condições climáticas do Rio Grande do Sul e da Argentina sugerem que o bom senso prevalece e quem tem soja segure. Hoje nos portos brasileiros tem até navios esperando soja e essa soja não está entrando.
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Confira a entrevista completa com o diretor geral do Grupo Labhoro no vídeo.
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