Disparada do petróleo dá suporte para alta de mais de 1% no açúcar em NY nesta 4ª
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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (12) com alta de mais de 1% na Bolsa de Nova York e de mais de 2% em Londres. O dia foi de suporte importante do petróleo e câmbio, além de atenção para informações da Índia.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York saltou 1,27%, cotado a US$ 18,34 c/lb, com máxima de 18,47 c/lb e mínima de 18,15 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento avançou 2,76%, negociado a US$ 503,30 a tonelada.
Os preços do açúcar tiveram suporte importante no dia do financeiro, após várias sessões no vermelho e mínimas de cinco meses testadas. O petróleo atingiu máximas de dois meses no dia em meio atenção pela oferta mais apertada.
Além disso, há melhores expectativas com a demanda pelo óleo.
"Os preços do Brent se recuperaram para níveis pré-ômicron, e isso pode elevar os preços do etanol", disse o Rabobank em nota no dia sobre o mercado sucroenergético. As usinas definem o mix na safra com base nos melhores preços.
O mercado também acompanhou no financeiro a queda do dólar sobre o real. Uma moeda estrangeira mais desvalorizada tende a desencorajar as exportações, dando suporte para os preços externos do adoçante e outras commodities.
Nos fundamentos, segue atenção para as expectativas positivas com a safra nova do Brasil e da Índia. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe no dia que a quantidade de cana-de-açúcar processada na 2021/2022 permaneceu em 521,67 milhões de toneladas.
"Ainda devemos registrar algum processamento de cana-de-açúcar no mês de março, mas a quantidade a ser moída deve ser muito inferior àquela observada em anos anteriores", disse o diretor técnico da Unica Antonio de Padua Rodrigues.
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Os operadores do adoçante também estão atentos com o posicionamento indiano de exportações, após queda dos preços.
A consultoria CovrigAnalytics disse que as importações de açúcar pela China, um dos maiores compradores do mundo, cairão acentuadamente abaixo dos níveis do ano passado, à medida que os preços chineses caem e o frete marítimo continua caro.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no Brasil continuam oscilando entre alta e correções pontuais. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,69%, negociado a R$ 152,38 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 151,90 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,79 c/lb com alta de 1,58%.
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