Reuters: Protestos bolsonaristas seguem no PR, MT e SC, mas movimento perde força
![]()
SÃO PAULO (Reuters) - Os protestos promovidos por simpatizantes de Jair Bolsonaro seguiam com força na tarde desta quarta-feira nos Estados que foram foco inicial do movimento contrário ao resultado da eleição do domingo, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.
O número de pontos de interdição ou bloqueio de rodovias pelo país somava 150 em 17 Estados por volta das 15h, praticamente o mesmo do início do dia. Na segunda-feira, mais de 20 Estados registraram centenas de bloqueios ou atos em rodovias.
O movimento dos manifestantes seguia apesar da ordem de segunda-feira do Supremo Tribunal Federal (STF) para desimpedimento das estradas, que está causando prejuízo a vários setores da economia.
Na ocasião, o STF citou omissão e inércia das autoridades rodoviárias para dispersar os manifestantes e previu, eventualmente, o afastamento do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasquesdo, e a prisão em flagrante pelo crime de desobediência "se for o caso".
Santa Catarina, um importante reduto do bolsonarismo, seguia com 35 pontos de interdição ou bloqueios de rodovias. Mato Grosso também mantinha a contagem de 30 interdições e o Paraná 20, segundo os dados da PRF.
Outros Estados com números importantes de manifestações nas rodovias nesta tarde eram Pará, com 16 interdições; e Rondônia, com 11. São Paulo contava 3 pontos de interdição.
O Rio de Janeiro não registrava ocorrências em rodovias segundo a PRF, mas a capital era palco de uma grande manifestação de bolsonaristas diante da sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro da cidade.
Os manifestantes carregavam faixas contra o STF e cobravam intervenção militar no país. O movimento rejeita o resultado da eleição de domingo, que foi reconhecido por múltiplos organismos internacionais e países incluindo os Estados Unidos.
Nesta quarta-feira, a Casa Branca informou que está feliz em ver que Bolsonaro reconheceu o resultado da eleição. Bolsonaro não reconheceu explicitamente a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse apenas no final da terça-feira que continuará cumprindo a Constituição.
Diante da dificuldade na logística, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) tomou medidas para garantir a distribuição de combustíveis no país diante do que chamou de "eventual risco" no abastecimento.
Entre as medidas tomadas pela ANP estão a suspensão de obrigações de estoques mínimos pelas distribuidoras e liberação de revendas de gás de cozinha para comercializar o produto em botijões de outras marcas.
O Ministério da Justiça informou mais cedo que 912 multas foram aplicadas entre segunda e terça-feiras contra pessoas que estão participando dos bloqueios nas estradas do país, em um total de 5,5 milhões de reais em autuações. O ministério não detalhou as multas por Estado.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
0 comentário
Fretebras indica que greve não tem adesão e não impacta fluxo logístico nacional
Pesquisa da ATP e Ministério de Portos e Aeroportos revela entraves do seguro portuário e alerta para cobertura de risco climático
Taxa de frete marítimo tem máxima em quase 2 anos com suporte de demanda por navios capesize
Portos do Sudeste batem recorde e atingem 186,7 milhões de toneladas no 3º Trimestre
Ferrovias da VLI batem recorde para outubro nas movimentações de grãos e farelos
Rumo vê preços de frete em 2026 em patamar próximo do 2º semestre de 2025