Mercado prevê redução menor da Selic em 2023 e dívida mais alta, mostra Focus
![]()
BRASÍLIA (Reuters) - O mercado elevou sua expectativa para o patamar dos juros ao fim do próximo ano, antecipando uma redução menor da taxa Selic ao longo de 2023, ao mesmo tempo que previu um aumento maior da dívida pública, mostrou o relatório semanal Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira.
A projeção dos analistas para a Selic subiu para 11,75% ao final do próximo ano, de 11,50% previstos há uma semana. Para este ano, a projeção foi mantida em 13,75%, com a expectativa de que o Banco Central não mexerá na taxa em sua última reunião de política monetário do ano esta semana.
A medidana das expectativas para a dívida líquida aumentou para 61,50% do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim de 2023, de 61% antes. Para este ano, a projeção está em 57,70% do PIB.
Os ajustes nas expectativas acontecem conforme o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem reiterado alertas para a importância da sustentabilidade fiscal em um momento em que o governo eleito negocia com o Congresso a aprovação de despesas de cerca de 200 bilhões de reais fora do limite de teto dos gastos para os próximos anos. A chamada PEC da Transição, que propõe a liberação, está prevista para ser votada no Senado nesta semana e tem concentrado as atenções do mercado.
Os analistas consultados pelo BC também elevaram ligeiramente suas projeções para o crescimento do PIB neste ano e no próximo, prevendo agora 3,05% (2,81% antes) e 0,75% (0,70% antes), respectivamente. As expectativas para a inflação não sofreram ajustes relevantes.
(Por Isabel Versiani)
0 comentário
Wall Street sobe com impulso de ações de tecnologia e dados de inflação fracos
Vale a pena insistir mais um pouco no acordo entre Mercosul e UE, diz Haddad
Ibovespa fecha em alta com endosso de Wall St e Brava em destaque
Dólar fecha estável com comentários de Galípolo e cenário político no foco
Von der Leyen diz aos líderes da UE que assinatura do Mercosul é adiada, dizem fontes
Discurso brando de Galípolo reduz força das taxas dos DIs