Amorim viaja à Ucrânia para levar proposta de Lula por negociação de paz
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BRASÍLIA (Reuters) - O assessor especial de política externa da Presidência da República, Celso Amorim, visitará a Ucrânia na quarta-feira em mais um movimento da iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por negociações de paz entre russos e ucranianos a serem mediadas por um grupo de países sem envolvimento direto no conflito.
Declarações de Lula pedindo que países aliados de Kiev parem de enviar armas à Ucrânia para evitar um prolongamento da guerra com a Rússia foram criticadas por nações ocidentais, em especial os Estados Unidos.
Depois, Lula fez questão de deixar claro que condena a invasão do território da Ucrânia pela Rússia e voltou a defender uma saída negociada para a guerra, a ser tocada por um grupo de países que sejam capazes de conversar tanto com o presidente russo, Vladimir Putin, quanto com o ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
Amorim, que já se reuniu com Putin, na Rússia -- na ocasião o assessor especial disse que as portas para uma negociação não estão "totalmente fechadas" --, vai conversar na quarta-feira conversar com o presidente ucraniano, informou uma fonte com conhecimento da agenda.
"O Celso Amorim foi conversar com o Putin, como meu emissário especial, e vai agora conversar com a Ucrânia... dia 10", disse Lula no sábado em entrevista coletiva durante viagem ao Reino Unido.
"Aí a gente vai juntando as conversas, é que nem palavra-cruzada, vai juntando essas conversas e vamos ver quais são as palavras que permitem que as pessoas sentem em torno de uma mesa. E para isso, tem que parar de atirar", defendeu o presidente, na ocasião.
Na semana passada, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, incentivou o Brasil a incluir a Ucrânia em qualquer iniciativa para negociar o fim da "guerra de agressão da Rússia".
Em visita ao Brasil, Thomas-Greenfield disse que expressou a autoridades do país o desapontamento dos EUA com as declarações sobre a guerra, referindo-se aos pedidos de Lula que países parassem de armar a Ucrânia para permitir o início das negociações de paz.
Ela aproveitou para incentivar as autoridades brasileiras a visitarem a Ucrânia e confirmou que o assessor de política externa de Lula, Celso Amorim, planejava viajar a Kiev.
(Por Maria Carolina Marcello e Lisandra Paraguassu)
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