Sentindo fatores de baixa internacionais e nacionais, milho fecha 3ªfeira recuando na B3
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A terça-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 52,67 e R$ 63,72.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 52,67 com queda de 0,75%, o novembro/23 valeu R$ 56,50 com perda de 1,64%, o janeiro/24 era negociado por R$ 60,09 com baixa de 1,64% e o março/24 tinha valor de R$ 63,72 com desvalorização de 1,70%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 caiu seguindo os três fatores de baixa vindos do mercado internacional, qualidade das lavouras melhoradas nos EUA, petróleo em queda e trigo desvalorizado, além de continuar olhando que tem uma safra gigantesca ainda em colheita e muito milho para ser negociado no Brasil.
“Temos 56, 57 milhões de toneladas de milho em aberto, na mão do produtor, que não foi negociada e não tem contrato de proteção na B3 e nem em Chicago, a maioria desse milho está em aberto na mão do produtor. Vai chegar nos próximos meses, no final do ano, com muito milho pra ser negociado e a B3 vê isso, mesmo com o dólar em alta que poderia amenizar a queda”, explica Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou em altas e baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações nas praças de Sorriso/MT, Brasília/DF e São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Pato Branco/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Rio Verde/GO e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
A análise da SAFRAS & Mercado, já antecipava que o mercado brasileiro de milho deveria iniciar a semana com cautela nos negócios. “Os produtores têm postura comedida no avanço de fixação de oferta, avaliando pontos como armazenagem, logística, preços internacionais do cereal e câmbio. Os consumidores alegam postura confortável em relação aos estoques e acompanham o avanço da colheita da safrinha brasileira, no aguardo de uma queda mais significativa nas cotações”.
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Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) a terça-feira também foi negativa para os preços internacionais do milho futuro, que acumularam recuos neste pregão.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,64 com perda de 11,75 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,75 com baixa de 12,25 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 4,89 com desvalorização de 12,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 4,98 com queda de 12,00 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (14), de 2,32% para o setembro/23, de 2,46% para o dezembro/23, de 2,40% para o março/24 e de 2,35% para o maio/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram perdas significativas após uma rodada de vendas técnicas que foi amplamente estimulada pelas previsões do tempo e uma tendência de alta nas classificações de qualidade nas últimas semanas.
“Os preços do milho e da soja caíram desde o último relatório WASDE do USDA na última sexta-feira, apesar da agência mostrar menor rendimento e potencial de produção para ambas as culturas. A qualidade do milho subiu dois pontos, o que foi melhor do que a expectativa comercial média de uma melhoria de um ponto”, destaca BenPotter analista da Farm Futures.
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