Açúcar fecha em queda com novas previsões de chuva no Brasil e desvalorização do real
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A semana começou com novas quedas para os preços futuros do açúcar. Na sessão desta segunda-feira (21), as baixas chegaram a 1,58% entre os principais contratos da Bolsa de Nova e a 0,97% na Bolsa de Londres. Segundo o Barchart, as reduções foram motivadas pela previsão de novas chuvas no Centro-Sul brasileiro e por uma valorização do dólar em relação ao real, o que encoraja a venda para exportação pelo produtores do Brasil.
Em Nova York, o contrato março/25 recuou 0,35 cents (-1,58%), sendo cotado a 21,83 cents/lbp. O maio/25 caiu 0,25 cents (-1,22%), fechando a 20,19 cents/lbp. O julho/25 perdeu 0,19 cents (-0,97%), negociado a 19,32 cents/lbp, enquanto o outubro/25 teve uma baixa de 0,16 cents (-0,83%), cotado a 19,11 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 caiu US$ 3,50 (-0,62%), fechando a US$ 563,10 por tonelada. O março/25 recuou US$ 5,60 (-0,97%), sendo negociado a US$ 569,50 por tonelada. O maio/25 perdeu US$ 5,30 (-0,94%), cotado a US$ 560,80 por tonelada, enquanto o agosto/25 registrou uma queda de US$ 4,60 (-0,84%), fechando a US$ 543,30 por tonelada.
Ao Notícias Agrícolas, Marcelo Filho, analista de inteligência de mercado da Stonex, destacou que o adoçante vem apresentando volatilidade nos preços, e o mercado tem testado a região abaixo de 22,00 cents/lbp, mas sem ter sucesso em fechar nesse patamar.
Por outro lado, ele aponta que o mercado também encontra resistência nos 23,00 cents/lbp e não tem sucesso em se aproximar desse patamar. O analista lembra que durante setembro houve uma escalada até acima desse preço, mas o mercado corrigiu e não consegue voltar para cima desse valor.
Segundo ele, os fundamentos muito mistos, com o início de algumas safras globais. A Stonex espera que a temporada 24/25 global, entre outubro e setembro, tenha um superávit de 2 milhões de toneladas. Sendo assim a terceira safra superavitária seguida.
“Você tem a Índia podendo surpreender o mercado, porque tem um bom prognóstico para safra, chuvas que foram boas, estoques de passagem elevados, por isso cada vez mais um chance de ter um excedente grande. O governo não tem dado indício de que irá liberar as exportações, mas o excedente pressiona para que aconteça isso, principalmente quando começar a colheita”, apontou Filho.
Mercado interno
Conforme mostra o indicador Cepea Esalq, o açúcar cristal branco, em São Paulo, está cotado em R$ 155,40/saca, com ganho de 0,90%. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 159,53/saca, após desvalorização de 0,13%. O cristal empacotado, em São Paulo, vale R$ 16,0986/5kg, o refinado amorfo está cotado em R$ 3,5711/kg e o VHP permanece com preço de R$ 112,81/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar subiu 3,79% e passou para R$ 165,02/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 148,00/saca. Em Pernambuco, o valor é de R$ 155,47/saca.
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