Café: um mercado comprado e sem realização a curto prazo, destaca analista
Café: um mercado comprado e sem realização a curto prazo, destaca analista
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Segundo o Barchart, os preços do café fecharam a sessão desta segunda-feira (27) em lados opostos nas bolsas internacionais após uma liquidação nos mercados de ações globais desencadear um sentimento de aversão ao risco nos mercados de ativos, o que motivou uma liquidação longa em futuros de café.
Para o analista e consultor em agronegócios, Lúcio Dias, o mercado cafeeiro está com grande parte das posições compradas, a maioria por fundos especulativos, e sem o vislumbre de uma realização a curto prazo. O analista destaca que a oferta e a demanda estão ajustadas no mundo inteiro e a baixa disponibilidade de café é global e histórica.
Diante deste cenário, Lúcio acredita que a volatilidade dos preços futuros deve continuar, e tecnicamente em NY o arábica ainda tem espaço para subir um pouco mais, mesmo após registrar novos recordes.
Relatório divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA aponta que pelo quinto ano consecutivo, a safra brasileira de café não atingirá seu potencial, desta vez associada ao longo período de seca de 2024 que comprometeu de maneira importante o pegamento das floradas das lavouras de arábica.
O arábica encerra o pregão com ganho de 165 pontos no valor de 349,20 cents/lbp no vencimento de março/25, um aumento de 110 pontos negociado por 344,15 cents/lbp no de maio/25, um avanço de 105 pontos no valor de 337,45 cents/lbp no de julho/25, e uma alta de 115 pontos no valor de 328,35 cents/lbp no de setembro/25.
Um aumento nos níveis dos estoques certificados do robusta para uma alta de mais de 3 meses ocasionaram as baixas nos futuros em Londres, de acordo com o Barchart.
O robusta registra então o valor de US$ 5.534/tonelada no contrato de janeiro/25, uma baixa de US$ 84 no valor de US$ 5.460/tonelada no de março/25, uma queda de US$ 79 negociado por US$ 5.420/tonelada no de maio/25, e uma baixa de US$ 77 no valor de US$ 5.339/tonelada no de julho/25.
Mercado Interno
Para o mercado físico brasileiro, Lúcio acredita que, apesar da volatilidade, ele deve permanecer bastante estável, e que no momento a disponibilidade da safra 24/25 para ser colocada no mercado é de cerca de 6 milhões de sacas.
O Café Arábica Tipo 6 encerra a 2ª feira (27) com alta de 1,65% no valor de R$ 2.460,00/saca em Machado/MG, um aumento de 1,26% em Varginha/MG no valor de R$ 2.420,00/saca, e um ganho de 0,85% no valor de R$ 2.380,00/saca em Poços de Caldas/MG.
Já o Cereja Descascado registra alta de 0,83% no valor de R$ 2.440,00/saca em Varginha/MG, um ganho de 0,80% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.520,00/saca e um aumento de 0,46% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.420,00/saca.
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