Deputado Zucco afirma que zerar a alíquota de importação tem um impacto limitado
A proposta do governo de zerar a alíquota de importação de alimentos pode parecer, à primeira vista, uma medida eficaz para combater a alta dos preços e aliviar o custo de vida da população. No entanto, essa iniciativa tem um impacto limitado e não ataca os problemas estruturais que perpetuam a insegurança alimentar e a inflação no país.
O principal entrave para a redução dos preços dos alimentos não está na tarifa de importação, mas na própria cadeia produtiva nacional. O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, enfrenta gargalos logísticos, alta carga tributária interna, concentração do setor agropecuário e dependência de insumos importados. Esses fatores elevam os custos e mantêm os preços altos, independentemente das alíquotas de importação.
Além disso, a medida pode beneficiar grandes importadores e distribuidores, mas não necessariamente o consumidor final. A redução da tarifa não garante que os preços nas prateleiras dos supermercados cairão na mesma proporção, já que outros custos, como transporte, armazenagem e margem de lucro dos intermediários, continuarão pressionando os valores.
Outro ponto crítico é o impacto sobre a produção nacional. Sem políticas estruturantes para apoiar a agricultura familiar e empresarial e incentivar a produção interna, a dependência de produtos importados pode aumentar, tornando o país mais vulnerável a variações cambiais e à oferta internacional.
Portanto, zerar a alíquota de importação sem resolver as deficiências estruturais do setor agroalimentar é uma solução paliativa e ineficaz. Para enfrentar de fato o problema da alta dos preços, o governo deveria enfrentar o déficit fiscal, investir em infraestrutura, reduzir a carga tributária sobre a produção nacional e fortalecer políticas agrícolas que garantam maior oferta e estabilidade de preços no longo prazo. Portanto, a medida parece mais um ato de desespero de um governo perdido e apavorado com os altos índices de desaprovação.
1 comentário
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Adilson Garcia Miranda São Paulo - SP
O correto seria apoiar, o produtor nacional, mas o governo, só quer resultados imediatistas, que favoreçam seu projeto de poder, piór, é que nem o imediatismo, vai funcionar.
Eu diria que o impacto dessa medida vai ficar bem perto de zero
Comemos muito tomates, alface, cebola, verduras, VOCÊS ACHAM QUE ALGUEM VAI IMPOTAR ESSES PRODUTOS?CLARO QUE NÃO, ENTAO ESSAS MEDIDAS DO GOVERNO VAO INFLUIR NO LEITE E NO TRIGO ,,SÓ
Depois de doar muita grana, a vários segmentos parasitas, que o apoia, a grana acabou, e é preciso mais impostos e elevações de custos, e isso gera inflação de alimentos. Agora, bom mesmo, vai ser, quando o Trump, começar com as sansões econômicas.