Commodities agrícolas continuam acelerando altas nas bolsas, lideradas pelo café em NY e trigo em Chicago
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A sexta-feira (11) continua sendo marcada por fortes altas entre as commodities agrícolas nas bolsas internacionais, com o movimento sendo liderado pelo café em Nova York, que sobe mais de 5% entre os futuros do arábica, e pelo trigo em Chicago, com ganhos superiores a 3%. Na carona, vão soja, milho, farelo e óleo de soja. Açúcar e algodão chegaram a subir, porém, voltaram a realizar lucros entre as posições mais negociadas.
Na soja, perto de 14h (horário de Brasília), os futuros subiam entre 13,75 e 16,50 pontos, com o o maio já alcançando os US$ 10,42 e o julho a US$ 10,51 por bushel. No trigo, os ganhos eram de 13,75 a 17 pontos, o que fazia o maio a ser cotado a US$ 5,55 e o setembro a US$ 5,83 por bushel.
"O trigo volta a subir sustentado pela competitividade do cereal americano no mercado gloabl e pela reduçaõ temporária das tarifas de importação para outros países, mantendo o interesse dos compradores. Além disso, a piora nas condições das lavouras de trigo da Europa oferece suporte adicional ao mercado", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
Os mercados se ajustam após a queda, porém, ainda buscam acompanhar os desdobramentos do atual momento da guerra comercial entre China e e Estados Unidos para definir melhor sua direção. A nação asiática anunciou uma nova alta em suas tarifas para os produtos norte-americanos para 125% e, segundo analistas e consultores de mercado, o movimento mais uma vez "soou o alarme de uma recessão global".
No caso dos grãos, além do cenário macroeconômico, os traders estão de olho também no início da nova safra americana, nas condições do clima no Corn Belt e na América do Sul.
Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim mensal de oferta e demanda e apontou uma redução nos estoques finais de soja e milho dos EUA, bem como trouxe também um aumento das exportações norte-americanas do cereal, o que também contribui para o suporte dos preços na CBOT.
Outro ponto de atenção que permanece no radar dos traders é a movimentação do dólar. Hoje, a moeda americana cai frente à brasileira e chegou a cair mais de 1% ao longo do dia, contribuindo para as altas, em especial da soja, na Bolsa de Chicago. O dólar alto no Brasil - ao lado de Chicago ainda valorizado e de prêmios positivos - tem motivado dias fortes de comercialização da oleaginosa brasileira, em uma semana que vai se encerrando com cerca de seis milhões de toneladas negociadas.
Perto de 14h20 (horário de Brasília), a divisa perdia 0,34% para valer R$ 5,88.
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