Preços do açúcar sobem em torno de 3% nesta 3ª feira (13) com queda de produção no Centro-Sul
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Os futuros do açúcar fecharam com altas próximas de 3% entre os principais contratos das bolsas de Nova Iorque e Londres nesta terça-feira (13), após a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informar uma queda na produção do adoçante durante a segunda quinzena de abril no Centro-Sul do Brasil.
De acordo com os dados divulgados nesta terça, A moagem de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil na segunda quinzena de abril somou 17,73 milhões de toneladas, retração de 49,35% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso resultou em quedas de 53,79% na produção de açúcar na segunda quinzena, para 856 mil toneladas, e redução de 35,37% na de etanol, para 985 milhões de litros, conforme os dados.
Segundo com o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, as condições climáticas desfavoráveis à operacionalização da colheita, principalmente devido a chuvas no oeste de São Paulo e nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, afetaram o ritmo da moagem. Conforme o que ele afirmou, o processamento na segunda metade de abril ficou "aquém" do processamento histórico de cana-de-açúcar para o período.
Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato julho/25 registrou alta de 0,52 cents (2,94%) e fechou com preço de 18,22 cents/lbp. O outubro/25 subiu 0,54 cents (3,02%) e encerrou a sessão negociado em 18,41 cents/lbp. O março/26 também ganhou 0,54 cents (2,96%) e foi a 18,78 cents/lbp. O maio/26 ficou com valor de 18,02 cents/lbp, avanço de 0,48 cents (2,74%).
Para o açúcar branco na Bolsa de Londres, o agosto/25 fechou negociado em US$ 509,80/tonelada, aumento de 1.480 pontos (2,99%). O outubro/25 teve alta de 1.320 pontos (2,69%) e ficou cotado em US$ 503,60/tonelada. O dezembro/25 passou a valer US$ 502,50/tonelada, com avanço de 1.270 pontos (2,59%). O março/26 chegou a US$ 504,70/tonelada, ganho de 1.240 pontos (2,52%).
Também nesta terça-feira o açúcar teve suporte na alta acima de 2% do petróleo bruto WTI. Preços mais altos do petróleo bruto beneficiam o etanol e podem levar as usinas de açúcar do mundo a direcionar mais moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar.
Outro fator positivo para as cotações foi a valorização do real. A moeda brasileira atingiu hoje a maior alta em cinco semanas em relação ao dólar, desestimulando as exportações dos produtores de açúcar do Brasil, conforme o que destacou o Barchart.
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