Mercado do açúcar recua, com olhar atento para o avanço da safra no Brasil
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Nesta quinta-feira (15), o mercado do açúcar opera em baixa, pressionado pela expectativa de oferta confortável diante de uma demanda global ainda enfraquecida. Em Nova Iorque, o contrato julho/25 é negociado a 17,82 cents de dólar por libra-peso, queda de 1,33%. O vencimento outubro/25 recua 1,43%, cotado a 17,98 cents.
Apesar do recuo, analistas monitoram um possível movimento de recuperação com base em padrões sazonais históricos. De acordo com o Moore Research Center, Inc. (MRCI), os preços do açúcar costumam subir entre meados de maio e o final de junho. Os dados, baseados em ciclos de 15 e 30 anos, indicam que os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE (Açúcar #11) tendem a apresentar valorização nesse período.
Essa alta sazonal pode estar associada ao vencimento do contrato de julho, marcado para 30 de junho, quando especuladores e hedgers costumam ajustar posições, aumentando a pressão compradora. Essa dinâmica pode restringir a percepção de ampla oferta, especialmente se a safra brasileira ainda não tiver atingido seu pico ou se surgirem incertezas climáticas nas safra da Índia e Tailândia.
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Segundo a Reuters, a consultoria Datagro estima que a safra de açúcar do Brasil 2025/26 será volumosa, mesmo com um início mais lento na colheita. A produção robusta deve contribuir para um superávit global de 1,53 milhão de toneladas, conforme projeções divulgadas nesta quarta-feira (15) durante a Conferência CITI ISO DATAGRO NY Sugar & Ethanol.
De acordo com Plínio Nastari, presidente e analista-chefe da Datagro, as chuvas entre outubro e abril no Centro-Sul do Brasil foram próximas dos melhores volumes registrados nos últimos cinco anos, o que ajudou a restaurar a umidade do solo e favoreceu o desenvolvimento das lavouras. Isso reforça a expectativa de uma safra produtiva, com impacto direto no equilíbrio da oferta global do adoçante.
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