Mercado do açúcar acompanha petróleo e fica em campo positivo nesta segunda-feira (09)

As altas do petróleo e do real registradas nesta segunda-feira (09) trouxeram um fôlego para as cotações do açúcar, que fecharam em alta nas bolsas de Nova Iorque e Londres, com ganhos em torno de 1% entre os contratos mais negociados. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Leonardo Silvestr, Trader de Açúcar e Etanol do Grupo Arai Energy, afirmou que as cotações seguem com a pressão baixista, mas nesta segunda os preços estão sendo mais afetados pela influência das altas do petróleo. 

Análise do Barchart destaca que o petróleo bruto WTI atingiu nesta segunda uma máxima de 2,5 meses, diante de otimismo em relação às negociações comerciais entre EUA e China. Essas altas beneficiam o etanol, pois podem levar as usinas de açúcar do mundo a direcionar mais moagem de cana para a produção de biocombustível em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta do adoçante. 

Além disso, a alta do real em relação ao dólar, que nesta segunda chegou a uma máxima dos últimos oito meses, desestimula as exportações dos produtores de açúcar do Brasil. Com isso, reduz a disponibilidade do adoçante no mercado internacional, contribuindo para o aumento dos preços. 

Em Nova Iorque, o contrato julho/25 fechou com alta de 0,18 cents (1,09%), negociado em 16,67 cents/lbp. O outubro/25 subiu 0,15 cents (0,89%), cotado em 17,01 cents/lbp. O março/26 registrou aumento de 0,13 cents (0,75%), com preço de 17,52 cents/lbp. O maio/26 contabilizou ganho de 0,10 cents (0,59%), precificado em 17,07 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o agosto/25 encerrou a sessão com valor de US$ 472,40/tonelada, ganho de 720 pontos (1,55%). O outubro/25 fechou com preço de US$ 468,60/tonelada, aumento de 630 pontos (1,36%). O dezembro/25 subiu 510 pontos (1,10%) e passou a valer US$ 469,00/tonelada. O março/26 teve ganho 430 pontos (0,92%), negociado em US$ 473,80/tonelada.