Mercado do açúcar reage à tensão geopolítica entre Israel e Irã e acompanha valorização do petróleo
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Nesta segunda-feira (23), o mercado do açúcar registra alta nas cotações em Nova Iorque, impulsionado pelo aumento das tensões geopolíticas entre Israel e Irã. A escalada ocorreu após os Estados Unidos destruírem três instalações nucleares iranianas, o que levou o Irã a ameaçar interromper o fluxo de petróleo pelo Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do transporte global do combustível fóssil.
Diante do risco de desabastecimento, o barril do petróleo Brent subiu 1,10%, sendo negociado a US$ 77,86. O mercado do açúcar acompanha os movimentos do setor energético, já que o aumento nos preços do petróleo pode estimular usinas brasileiras a redirecionarem a produção para o etanol. Com isso, o contrato julho/25 é negociado a 16,25 cents de dólar por libra-peso em Nova Iorque, alta de 0,93%, enquanto o outubro/25 sobe 1,03%, sendo cotado a 16,74 cents.
No cenário doméstico, o total de navios aguardando para embarcar açúcar nos portos brasileiros atingiu 75 na semana encerrada em 4 de junho, ligeiramente acima dos 74 registrados na semana anterior, segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil. O volume agendado para carregamento é de 2,853 milhões de toneladas, leve retração em relação aos 2,910 milhões da semana anterior.
Desse total, a maior parte é composta por açúcar VHP (Very High Polarization), com 2.702.041 toneladas. Também estão programadas 54 mil toneladas de açúcar cristal B150 e 78.091 toneladas de refinado A45. O levantamento considera embarcações já atracadas, as que aguardam em área de fundeio e aquelas com previsão de chegada até 15 de julho.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar e melaços em junho alcança US$ 65,393 milhões (com dez dias úteis computados). Já o volume médio diário exportado é de 152.997 toneladas.
No acumulado do mês, o Brasil já exportou 1.529.970 toneladas de açúcar, gerando receita de US$ 653,445 milhões, a um preço médio de US$ 427,40 por tonelada. Em relação a junho de 2024, houve queda de 15,1% na receita média diária (US$ 77,021 milhões) e de 4,2% no volume exportado (159.717 toneladas/dia). O preço médio da tonelada também caiu 11,4%, ante os US$ 488,20 registrados no mesmo período do ano passado.
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