Açúcar recua mais de 3% em Nova Iorque, negociado no menor nível em mais de quatro anos

Os preços do açúcar iniciaram a semana em forte queda nas bolsas internacionais, renovando mínimas em quatro anos nas cotações de Nova Iorque. O movimento reflete a continuidade do pessimismo do mercado diante das melhores perspectivas de oferta global e das projeções de aumento na produção em importantes países produtores.

Em Nova Iorque, o contrato março/26 recuou 0,51 cent, negociado a 14,46 cents/lbp (-3,41%). O maio/26 caiu 0,40 cent, para 14,08 cents/lbp (-2,76%). O julho/26 perdeu 0,35 cent, cotado a 14,01 cents/lbp (-2,44%), enquanto o outubro/26 encerrou o pregão em 14,25 cents/lbp, com baixa de 0,32 cent (-2,20%).

Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 caiu 910 pontos, para US$ 422,20/tonelada (-2,11%). O março/26 recuou 900 pontos, a US$ 416,20/tonelada (-2,12%). O maio/26 perdeu 860 pontos, cotado a US$ 411,70/tonelada (-2,09%), e o agosto/26 fechou em US$ 408,60/tonelada, com baixa de 720 pontos (-1,73%).

Segundo a Reuters, o mercado segue absorvendo dados que apontam para uma melhora nas condições de oferta global, o que tem mantido a pressão sobre os preços e provocado novas quedas nas cotações internacionais.

De acordo com análise do Barchart, os sinais de maior produção no Brasil permanecem como principal vetor de baixa. O relatório mais recente da Unica mostrou avanço na produção de açúcar do Centro-Sul na safra 2025/26, enquanto a Datagro projetou aumento na safra 2026/27.

Além disso, estimativas que apontam para um aumento do superávit global de açúcar na temporada 2025/26, com perspectivas de maior produção na Índia — o segundo maior produtor mundial — reforçam o cenário de ampla oferta e sustentam o tom negativo do mercado.