Cristiane Ramos é nomeada para a chefia-geral da Embrapa Amapá

Publicado em 07/11/2025 09:49
A pesquisadora assume o cargo no dia 1º de janeiro de 2026

A pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus assume, a partir de 1º de janeiro, a chefia-geral da Embrapa Amapá. Pela primeira vez, uma mulher ocupará o cargo máximo do centro de pesquisa, inaugurando uma fase de gestão com foco na territorialidade amazônica. “Vivemos um momento histórico. A Embrapa Amapá é formada por um mosaico de profissionais de várias regiões do país, e queremos fortalecer esse capital humano com diálogo e colaboração”, afirma Cristiane. Ela foi aprovada em processo interno de seleção. A nomeação foi publicada no Boletim de Comunicações Administrativas (BCA) da Embrapa, publicado no dia 3 de novembro. O mandato é de dois anos, renovável por igual período.

Gaúcha de Porto Alegre, Cristiane é graduada em Ciências Biológicas, possui mestrado em Biologia Animal e doutorado em Agronomia (Fitotecnia). A pesquisadora ingressou na pesquisa da Embrapa Amapá em 2005 na condição de bolsista custeada pelo CNPq e Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Setec). Na época, ela fez parte da equipe pioneira em pesquisas com mosca-da-carambola, praga quarentenária presente no extremo norte do país.

Encerrado o período como bolsista, Cristiane já adaptada ao Amapá e otimista com as perspectivas de desenvolvimento do estado, ingressou no quadro de professores do curso de Engenheira Florestal e Engenharia de Pesca da Universidade do Estado do Amapá (UEAP). Dois anos depois, em novembro de 2010 Cristiane retornou à Embrapa Amapá, agora como pesquisadora concursada. Exerceu o cargo de chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento de fevereiro 2021 a julho 2025, quando se desincompatibilizou para concorrer ao cargo de chefe-geral.

Defesa fitossanitária, bioeconomia e agricultura familiar

Entre os principais eixos estratégicos de sua gestão, ela anuncia o fortalecimento do protagonismo da Embrapa Amapá em defesa fitossanitária, com foco no enfrentamento de pragas quarentenárias presentes como a vassoura-de-bruxa da mandioca e a mosca-da-carambola, em articulação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); inovação social e tecnológica associada à bioeconomia de produtos da sociobiodiversidade, e desenvolvimento da agricultura familiar.  “A defesa sanitária é estratégica, tanto para proteger nossa biodiversidade quanto para garantir os mercados agropecuários brasileiros”, diz Cristiane.

A nova gestora pretende ampliar o impacto das pesquisas e transferência de tecnologias da Embrapa no desenvolvimento sustentável do Amapá e do estuário amazônico. “Nosso desafio é desenvolver inovações para uma agricultura de baixo impacto ambiental, resiliente às mudanças climáticas, que gere inclusão produtiva e promova o desenvolvimento regional”, destaca.

Cristiane propõe uma reorganização dos núcleos temáticos da Unidade, com foco em tecnologias sustentáveis para terras inundáveis, como manejo de açaizais nativos, boas práticas na extração de óleos e pesca do camarão-da-Amazônia; tecnologias para terra firme; e para o ambiente de cerrado amapaense.

A pesquisadora pretende criar um Centro de Inteligência e Apoio a Negócios, ampliando a inserção da Unidade no ecossistema de inovação do estado do Amapá. Entre as metas estão formalizar parcerias com instituições de pesquisa, ensino e desenvolvimento. “O Amapá pode se tornar um modelo de desenvolvimento rural sustentável, combinando empreendedorismo com justiça social”, afirma Cristiane.

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Fonte:
Embrapa Amapá

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