Mercado do açúcar volta a se aproximar de 15 cents em NY

Após recuar nos últimos dias, o mercado do açúcar voltou a operar em campo positivo nesta quarta-feira (19) em Nova Iorque. O contrato março/26 é negociado a 14,97 cents de dólar por libra-peso (+1,84%), enquanto o maio sobe para 14,51 cents (+1,90%) e o julho para 14,42 cents (+1,69%). Em Londres, a commodity também registra alta, com o o contrato março/26 cotado a US$ 428,00 por tonelada (+1,86%).

Os investidores seguem atentos às decisões da Índia sobre as exportações do excedente de produção. O mercado esperava uma autorização próxima de 2 milhões de toneladas, mas o governo indiano liberou apenas 1,5 milhão e mantém a intenção de ampliar a mistura de etanol na gasolina, o que tende a reduzir a oferta de açúcar para o mercado internacional.

Segundo informações da Reuters, as importações de açúcar pela China aumentaram 39% em outubro, alcançando 750 mil toneladas e elevando o acumulado do ano para 3,9 milhões de toneladas. De janeiro a outubro, o volume importado subiu 14% em comparação com o mesmo período de 2024. O país asiático tem aproveitado os preços mais baixos do açúcar, que recentemente tocaram mínimas de cinco anos na bolsa de Nova Iorque, para reforçar seus estoques.

O Brasil, maior produtor e exportador global de açúcar, vem se beneficiando desse avanço das compras chinesas. Dados do governo brasileiro indicam que a China foi o principal destino das exportações do país em setembro, com 359 mil toneladas. Em outubro, as exportações totais brasileiras de açúcar atingiram o recorde de 4,2 milhões de toneladas, sendo 619,35 mil destinadas à China, que novamente liderou o ranking dos principais compradores. O volume exportado para o país asiático cresceu 58% em relação a outubro do ano passado, consolidando a China como o principal motor da demanda pelo açúcar brasileiro neste fim de ano.