Preços globais do café despencam após Trump remover tarifas sobre café brasileiro

Publicado em 21/11/2025 08:46 e atualizado em 21/11/2025 09:57

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LONDRES (Reuters) - Os preços globais do café despencam nesta sexta-feira depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, removeu tarifas de 40% sobre importações de produtos agrícolas brasileiros, incluindo café e cacau, diante da crescente preocupação dos consumidores norte-americanos com os altos custos dos alimentos.

Os preços do café no varejo nos EUA subiram 40% em setembro na comparação anual, em parte devido às tarifas, e o aumento dos preços dos alimentos é um fator importante por trás da queda da aprovação de Trump ao nível mais baixo desde seu retorno ao poder, apontou uma pesquisa Reuters/Ipsos.

A remoção das tarifas sobre o Brasil durante a noite segue uma ordem semelhante anunciada na última sexta-feira para reduzir tarifas sobre café e dezenas de outros produtos agrícolas de países produtores.

Maior produtor de café do mundo, o Brasil fornece cerca de um terço dos grãos consumidos nos EUA, que é o maior mercado consumidor.

Às 7h17 (horário de Brasília), os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE, usados como referência para precificação física do café no mundo, caíam 4,6%, para US$3,5925 por libra-peso, após terem despencado mais de 6% para mínimas de dois meses.

Os preços futuros do café robusta, normalmente usado em café solúvel, ao contrário das misturas torradas e moídas dominadas pelo arábica, caíam 5%, para US$4.400 por tonelada, após terem recuado 8% anteriormente.

“Precisamos que o mercado digira isso. Mais queda? Talvez, mas não acredito que vamos abaixo de US$3/libra. Se houver qualquer recuo adicional, eu seria comprador”, disse um trader baseado na Europa de uma das maiores tradings globais de café.

Ele explicou que a safra de arábica ainda estava deficitária, os estoques certificados pelas bolsas e pela indústria estavam baixos, o setor está com oferta curta e precisa comprar, e ainda há riscos climáticos devido ao fenômeno La Niña.

(Reportagem de May Angel)

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Fonte:
Reuters

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