Setor do trigo vira o ano preocupado com a área cultivada no país
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Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Abitrigo, Rubens Barbosa, fez um balanço do ano de 2025 para o setor de trigo no Brasil, destacando uma produção em torno de 8 milhões de toneladas e ausência de problemas de abastecimento ao longo do ano, mesmo diante da menor oferta na Argentina. Segundo ele, a indústria conseguiu se abastecer no momento adequado, garantindo normalidade ao mercado interno.
Para 2026, o cenário muda com o excesso de trigo plantado no mundo, especialmente em países como Estados Unidos, Argentina e Rússia, o que pressiona as cotações internacionais e impacta a formação de preços no Brasil. Barbosa alertou que os preços mais baixos podem desestimular o produtor brasileiro, reduzindo a área plantada com trigo nas próximas safras, embora não haja risco de desabastecimento.
O presidente da Abitrigo ressaltou ainda que a qualidade do trigo brasileiro segue boa, apesar de perdas pontuais causadas por chuvas no Sul, e hoje é superior à do trigo argentino. Segundo ele, a safra elevada da Argentina em 2025 apresenta limitações de qualidade, o que deve exigir a importação de trigo de outras origens para composição de blends pela indústria moageira.
Em relação ao consumo, Barbosa afirmou que a moagem no Brasil cresceu cerca de 3% em 2025, mantendo o consumo de farinha estável, com leve viés de alta. Para o médio prazo, ele destacou o potencial de expansão da produção nacional por meio do avanço do trigo no Cerrado, impulsionado por pesquisas da Embrapa, reforçando a perspectiva de um setor abastecido, mas atento aos desafios de preços e qualidade no mercado internacional.
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