Mercado do açúcar avança com cobertura de posições e volta ao patamar de 15 cents em NY

O mercado do açúcar mantém trajetória positiva nesta terça-feira, impulsionado pela cobertura de posições vendidas antes dos feriados de Natal e Ano Novo, período tradicionalmente marcado por baixo volume de negociações e menor liquidez. Dessa forma, os preços se recuperam das mínimas de cinco semanas registradas na última quinta-feira.

Em Nova Iorque, o contrato março/26 é negociado a 15,07 cents de dólar por libra-peso, alta de 0,53%. Os demais contratos também sobem, com o maio negociado a 14,66 cents (+0,48%) e o julho a 14,62 cents (+0.27%). Em Londres, o adoçante é cotado a US$ 428,50 por tonelada no vencimento março/26, valorização de 0,52%.

Dentre os fundamentos, a consultoria Safras & Mercado divulgou sua primeira estimativa para a safra de cana-de-açúcar 2026/27 no Centro-Sul do Brasil. O relatório projeta um cenário de estabilidade na moagem, mas com uma inversão estratégica no mix de produção em favor do etanol. De acordo com o levantamento, o processamento deve atingir 600 milhões de toneladas, um leve crescimento de 0,84% em relação às 595 milhões de toneladas do ciclo anterior (2025/26).

O principal destaque é a virada no perfil produtivo das usinas, com a previsão de que o mix destinado ao açúcar recue para 47%, resultando em uma produção de 38 milhões de toneladas da commodity, queda de 5% ante a safra passada. Em contrapartida, o etanol passará a responder por 53% da cana processada. Segundo a Safras & Mercado, a decisão é motivada pela expectativa de maior demanda interna e pela desvalorização dos preços do açúcar no mercado internacional, pressionados pelo excedente de oferta da Índia e Tailândia.