Após fortes oscilações, mercado cafeeiro fecha sessão desta 3ª feira (23) em lados opostos nas bolsas internacionais

Publicado em 23/12/2025 16:53 e atualizado em 23/12/2025 17:34
Clima e oferta mantém pressão sobre os preços futuros

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Em dia de volatilidade, os preços do café encerram a sessão desta terça-feira (23) em lados opostos nas bolsas internacionais, com o robusta registrando ganhos em Londres, e o arábica, em NY, fechando em campo misto nos futuros mais próximos.

Segundo o Barchart, as movimentações foram impulsionados pelas inundações generalizadas na Indonésia, que ameaçam as exportações do país, e afetaram cerca de um  terço das fazendas de café arábica no norte de Sumatra nas últimas semanas, enquanto as plantações de robusta foram menos afetadas.

Informações da Reuters destacam que com o aumento da oferta e o clima favorável para colheita e secagem de cerejas em meio à fraca demanda, os preços do robusta no mercado interno do Vietnã caíram para seu nível mais baixo desde março do ano passado. Diante deste cenário, negociantes locais contaram que os agricultores estariam recusando as ofertas de preços dos operadores, chegando ao ponto de comprar de volta os suprimentos 
para fins de armazenamento, aguardando assim melhores preços para voltarem com as negociações. 

Em 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações de café do país em novembro registraram um aumento de 39% em relação ao ano anterior, atingindo 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, totalizando 1,398 milhão de toneladas.

Relatório do Itaú BBA destaca que no Brasil, as chuvas nas regiões cafeeiras têm sido irregulares, apesar de registrar uma melhora no Cerrado em novembro e dezembro, mas no Sul de Minas novembro foi razoável, e o início de dezembro seguiu fraco (até 11/12). Apesar disso,o pegamento das floradas foi positivo."Caso as previsões de volumes adequados de chuvas para o primeiro trimestre de 2026 se confirmem e garantam um bom enchimento dos grãos, devemos ver consolidar-se um potencial de melhora na produção brasileira de arábica e aumento do superávit entre produção e consumo global. Antes disso, a tendência é de oferta e exportações brasileiras limitadas", completou o documento.  

O Climatempo informou na última segunda-feira (22) que Minas Gerais, a maior região produtora arábica do Brasil, recebeu 38,3 mm de chuva na semana encerrada em 19 de dezembro, o que corresponde a 76% da média histórica. 

Em NY, o arábica fecha o dia com queda de 40 pontos no valor de 346,95 cents/lbp no vencimento de março/26, uma baixa de 10 pontos negociado por 332,60 cents/lbp no de maio/26, e um aumento de 15 pontos no valor de 323,55 cents/lbp no de julho/26.

Já o robusta registra alta de US$ 104 no valor de US$ 3,970/tonelada no contrato de janeiro/26, um ganho de US$ 56 cotado por US$ 3,824/tonelada no de março/26, e um avanço de US$ 54 no valor de US$ 3,762/tonelada no de maio/26.

Mercado Interno

Nas áreas acompanhadas pelo Notícias Agrícolas, o pregão desta 3ª feira encerra com poucas variações no mercado físico brasileiro.

O Café Arábica Tipo 6 registra o aumento de 3,35% em Machado/MG no valor de R$ 2.160,00/saca, uma queda de 0,89% em Varginha/MG cotado por R$ 2.230,00/saca, e uma perda de 0,44% em Franca/SP no valor de R$ 2.250,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra apenas registrando queda de 0,86% em Varginha/MG negociado por R$ 2.300,00/saca. 
 

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Por:
Raphaela Ribeiro
Fonte:
Notícias Agrícolas

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