Pesquisa: 32% dos brasileiros vêem fim da crise ainda em 2009
Apesar dos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o Brasil tem enfrentado bem a crise financeira mundial, a percepção de que as turbulências internacionais serão resolvidas ainda em 2009 caiu 19 pontos percentuais, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira. O levantamento feito em março apontou que apenas 32% mantêm a expectativa de fim da crise para este ano, diante de 51% há três meses.
Na pesquisa, 59% dos entrevistados disseram de que o governo tomou as medidas corretas para minimizar os impactos da crise, ao passo que em dezembro esse patamar era de 62%. A atuação positiva do governo diante dos problemas econômicos que tiveram origem nos Estados Unidos desabou 15 pontos percentuais, de 62% em dezembro para 47% em março.
"Na percepção da população brasileira, a expectativa de que a crise poderia ser superada ainda em 2009 perdeu bastante força e percebemos que a população, de uma forma mais expressiva, indica já sentir alguns impactos associados à crise econômica", declarou Marco Antonio Guarita, diretor da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
Dos entrevistados, ampliou-se de 24% para 28% aqueles que disseram estar "com medo" de ser afetado pela crise, independentemente dos segmentos sócio-econômicos pesquisados. Afirmaram estar "com um pouco de medo" da crise 41% dos entrevistados, e 23% se declararam estar "sem qualquer medo" de ser afetado pela crise - em dezembro essa porcentagem era de 26%.
"Há uma certa estabilidade na percepção da população em relação à gravidade da crise e também ao impacto da crise na economia brasileira", destaca Guarita, lembrando, no entanto, que aumentou de 29% para 37% aqueles que disseram já sentir os efeitos da crise no dia-a-dia.
Na mesma perspectiva, decaiu a fatia do eleitorado que disse "ouvir falar" da crise mas não perceber pessoalmente seus efeitos, de 37% em dezembro para 24% em março.
Destacam-se entre os principais efeitos da turbulência econômica, segundo a pesquisa CNI/Ibope, o aumento do preço dos produtos, seguido da dificuldade para pagar dívidas já contratadas e a perda do emprego.
Seguindo a tendência das perspectivas mais negativas para o Brasil diante da crise global, aumentou de 20% para 30% a parcela dos entrevistados que informou já ter alterado os hábitos de consumo ou de planejamento financeiro para enfrentar a crise.
Das pessoas ouvidas pelo Ibope, 34% declararam que a crise é "mais grave" que todas as outras que o Brasil atravessou. Em sentido oposto, 20% afirmaram entender que esta crise é "menos grave", e 35% argumentaram que essas turbulências são "tão graves" quanto as outras enfrentadas pelo País.
Fonte: Terra Online
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