Transmissão para porco faz OMS alertar sobre variação do vírus A(H1N1)

Publicado em 04/05/2009 10:00 e atualizado em 04/05/2009 14:00

O aparecimento do vírus A(H1N1) entre porcos no Canadá aumentou o alerta na Organização Mundial da Saúde (OMS) para o risco de que possíveis contágios em outros animais resultem numa variação mais potente da doença.
Autoridades canadenses confirmaram anteontem que o vírus foi detectado em uma fazenda na Província de Alberta, aparentemente transmitido por um funcionário que havia estado no México.
Cerca de 10% de um rebanho de 2.200 porcos foi contaminado entre os dias 12 e 14 de abril e apresentou os sintomas dez dias depois. Segundo a OMS, tanto os animais como o fazendeiro que aparentemente os contaminou têm sinais brandos da doença e passam bem.
É o primeiro caso confirmado de transmissão do A(H1N1) de humanos para animais, mas a OMS garante não haver perigo em consumir carne suína.
Peter Ben Embarek, especialista da OMS em segurança alimentar, disse que testes mostraram que o calor mata o vírus, portanto carne cozida a temperatura certa não oferece riscos.
Ele admitiu, no entanto, que o aparecimento do vírus A(H1N1) em porcos gera o risco de que ele seja transmitido para animais infectados com outros vírus, o que poderia resultar numa variação nova e mais potente. "Isso realmente é uma preocupação", disse ele.
O grande receio é com o Leste da Ásia, que foi o principal foco da gripe aviária, em 2005, e onde porcos e aves costumam circular no mesmo ambiente.
Keiji Fukuda, vice-diretor da OMS, confirma que o risco existe. "A Ásia tem a reputação de ser o local onde muitas coisas relacionadas a influenza (gripe) começam", explicou.
Contrariando a recomendação da OMS, vários países restringiram a importação de carne de porco. O Egito foi mais longe, ordenando o sacrifício de todo o seu rebanho suíno.
Na semana passada, sob pressão dos produtores e de outras agências da própria ONU, a OMS deixou de usar o termo "gripe suína" e passou a adotar o nome científico A(H1N1). Isso porque não foi provada, na forma atual do vírus, a contaminação de um humano por um porco.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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Folha de São Paulo

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